Policial militar licenciado, o advogado e professor universitário de 35 anos, preso na “Operação Deep Caught III”, tinha aproximadamente 100 gigas em imagens e vídeos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Ele teve prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (30) pela juíza Eliane de Freitas Lima Vicente, durante a audiência de custódia.
[adrotate group=”3″]
O cabo está licenciado da PM, onde atuou por mais de 12 anos, desde o início deste ano. Ele foi integrante da equipe de inteligência do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e pediu afastamento da polícia sem receber salário. Desde então, ele vinha atuando como advogado e professor de uma universidade particular na Capital.
Veja mais:
Pedofilia escandaliza a sociedade, mas não deixa ninguém atrás das grades
Durante a operação de combate à pedofilia, policiais da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) cumpriram os mandados de busca e apreensão determinados pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande.
A equipe da DPCA encontrou 524 arquivos de pornografia infantil que teriam sido baixados do programa EMULE, usado pelos criminosos para disseminar na internet a pornografia infantil. O professor universitário tinha no computador o P2P (Peer to Peer), usado para baixar arquivos de imagens e vídeos envolvendo cenas de sexo com crianças e adolescentes.
Aos investigadores, o policial militar teria admitido ser o dono dos arquivos, mas alegou se tratar de pesquisa com fins acadêmicos. No entanto, a pasta destinada à pesquisa não tinha nenhum arquivo, conforme o relato dos policiais.
A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) enviou o advogado Thiago Bunning para acompanhar o caso e abriu procedimento para apurar a conduta do preso. A PM também anunciou abertura de sindicância.
Segundo o Midiamax, o auxiliar de contabilidade alegou que ficou viciado em pornografia infantil ao acessar os vídeos há três meses, em decorrência da pandemia da covid-19. O 2º sargento da cavalaria do Exército foi flagrado com 15 vídeos com pornografia. Ciente do crime, o militar alegou que gostou de ficar vendo os vídeos de sexo envolvendo menores.
Na 3ª fase da operação, a DPCA prendeu quatro pessoas. O nome da ofensiva faz alusão às investigações feitas pela Polícia Civil na deep web, uma camada mais profunda da internet onde atuam os criminosos. O termo em inglês significa algo buscado na profundeza.
A primeira fase da operação aconteceu em maio deste ano e prendeu um professor de Matemática, de 35 anos, um agente patrimonial, de 41 anos, técnico de telecomunicações, 29, e estudante de gestão comercial, de 32 anos, de acordo com o Correio do Estado.
A segunda fase foi realizada em agosto e prendeu três pessoas. Uma delas, um homem de 29 anos possuía uma vasta quantidade de material pornográfico armazenado no computador, a maioria envolvendo crianças de 3 e 5 anos, além de portar drogas para consumo pessoal.