De sonhos que se arrastam no tempo, como a construção do Hospital Municipal, a conceitos mais moderninhos, como a ambulância aérea, não faltam propostas para a Saúde de Campo Grande nos planos de governos dos candidatos a prefeito.
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Em tempos de promessas, ninguém se preocupou com os números, mas O Jacaré verificou no Projeto de Lei 9.886/2020, que estima receita e fixa as despesas da cidade para 2021, que 33,39% do orçamento de R$ 4,6 bilhões da Capital vão para a Saúde. Em números exatos, são R$ 1.553.256.600.
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Um Hospital Municipal está nos planos de governos protocolados na Justiça Eleitoral pelos candidatos Dagoberto Nogueira (PDT), Marcelo Bluma (PV), Márcio Fernandes (MDB), Paulo Matos (PSC) e Pedro Kemp (PT).
No ano passado, nos tempos em que Campo Grande só conhecia um tipo de epidemia, a da dengue, o jornal Correio do Estado divulgou que o custo para erguer e aparelhar o hospital era de R$ 200 milhões. A reportagem destacava que Campo Grande era a única capital brasileira a não ter um hospital para chamar de seu.
Enquanto o novo coronavírus, pandemia da vez não ganhou projeção nas propostas, julgando-se talvez que 2021 será um ano pós-covid, a dengue mobiliza proposta ousada. A delegada Sidnéia Tobias (Pode) promete erradicar a dengue e ter plano emergencial de doenças virais.
O candidato Guto Scarpanti (Novo) foi mais precavido na promessa e o plano de governo menciona “promover ações de combate à dengue buscando a sua erradicação”. O tom menos incisivo também foi usado pelo candidato João Henrique Catan (PL). Ele defende campanhas preventivas para a erradicação da dengue, zika e chikungunya.
Para Dagoberto, o modelo de ambulância por terra já se mostra insuficiente e acena com a implantação de socorro aéreo, “uma vez que alguns bairros apresentam difícil acesso e o trânsito do município está caótico”.
A candidata Cris Duarte (PSOL) propõe a abertura de concurso público para as doulas e estágio para garantir a formação de novas profissionais. O programa também promete ações na área de saúde mental, com abertura de consultórios de rua. A candidata a vice Val Eloy traz propostas para os indígenas: instituição de tradutores de línguas indígenas em todos os postos de saúde e hospitais, com criação de um núcleo municipal indígena na secretaria de Saúde.
Dagoberto Nogueira destaca a transformação das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em mini hospitais em cada região da cidade e a passagem, a cada dois meses, de equipe multidisciplinar pelos lares dos campo-grandenses.
Sidnéia Tobias acena com atendimento humanizado nos postos de saúde; parceria com o governo e hospitais para exames de diagnóstico de câncer; e entrega de medicamentos na rede pública.
Esacheu Nascimento (PP) promete a implantar unidade de saúde 24 horas no bairro Los Angeles, projeto de consulta farmacêutica, programa de mutirão, transformação dos CRS (Centros Regionais de Saúde) em UPAs, além de abertura de leitos nos hospitais Pênfigo, Universitário e Santa Casa.
Guto Scarpanti aposta em promover a telemedicina (se ainda estiver autorizada), firmar convênios com a rede privada para zerar a fila de espera, utilizar aplicativo para melhorar o acesso a consultas e proteger os servidores que atuarem no Conselho Municipal de Saúde. Medida para não sofrerem retaliações de suas chefias.
João Henrique propõe adotar políticas públicas para prevenção de doenças, acidentes de trânsito e redução da violência. O programa de governo ainda promete valorizar o servidor e oferecer atendimento humanizado à população.
Marcelo Bluma endossa o fortalecimento do o Conselho Municipal de Saúde e quer aprofundar o diálogo entre os profissionais e a comunidade. A partir de resposta rápida a reclamações para a Ouvidoria, a intenção é um atendimento harmonioso na rede pública.
Marcelo Miglioli (Solidariedade) propõe criar a Secretaria de Desenvolvimento da Saúde, que investirá em medidas de prevenção ao adoecimento para economizar recursos que seriam gastos com “medicalização e hospitalização”. Ele cita que o repasse do Fundo Nacional da Saúde cresceu 21 % entre 2015 e 2019, sem melhoria na qualidade.
Márcio Fernandes quer implantar equipamentos de teleconsulta e telediagnósico; construir UPAs no Aero Rancho e Nova Lima; reabrir Hospital da Mulher nas Moreninhas; além de adotar a Medicina 4.0, que por meio de tecnologia permite tratamento e acompanhamento da saúde do paciente à distância.
Marquinhos Trad (PSD), que disputa a reeleição, propõe avançar na expansão do acesso aos serviços de saúde, melhorar a qualidade dos serviços prestados aos usuários do SUS e entregar mais obras e reformas na Rede Municipal de Saúde.
Paulo Matos diz que tem uma única meta para a saúde: modernizar, automatizar e informatizar. O candidato acena com a criação do Hospital Municipal da Mulher e da Criança, implantar central de diagnóstico e valorizar o material humano.
Pedro Kemp promete política de valorização dos profissionais da área da saúde, com plano de cargos, carreira e salários condizente com a importância estratégica da categoria; presença sistemática de especialistas nos CRS; e reduzir o tempo de resposta na realização de exames .
Promotor Sergio Harfouche (Avante) propõe ampliar o atendimento nas UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família), medida para que as UPAs possam atender casos mais complexos, além de identificar os gargalos e acelerar o atendimento dos cidadãos.
Vinícius Siqueira (PSL) promete agendamento virtual, incentivos para normalizar o numero de pediatras e faz diagnóstico de que baixos salários e péssimas condições de trabalho afastam os profissionais.