Quatro anos fizeram a diferença na vida dos candidatos a prefeito de Corumbá. O vereador Gabriel Alves de Oliveira, o Dr. Gabriel (PSD), elevou o patrimônio em 453% no período, de R$ 365,2 mil para R$ 2,021 milhões. Enquanto ele pode dar uma aula aos demais mortais de como ficar milionário, o candidato Elano Holanda de Almeida (PSL) informou que perdeu tudo no mesmo período, já que tinha declaro possuir R$ 473,4 mil em 2016, mas não declarou nenhum centavo neste ano.
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Sortudo ao herdar o cargo com a morte do titular, o prefeito Ruiter Cunha, que faleceu em 2017, o prefeito Marcelo Iunes (PSDB) acumulou aumento de 44% em quatro anos. A evolução pode ser considerada normal, igual aos demais brasileiros, no patrimônio do ex-prefeito Paulo Duarte (MDB) e de Anísio Guató (PSOL).
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De acordo com a declaração feita ao Tribunal Regional Eleitoral, Dr. Gabriel viu o patrimônio se multiplicar por seis em quatro anos, passando de R$ 365,2 mil em 2016, quando foi eleito vereador, para R$ 2,021 milhões nas eleições deste ano.
O maior bem do candidato do PSD é uma casa de R$ 1,250 milhão, seguida por dois veículos, de RR$ 126 mil e R$ 137 mil. Ele também declarou um conjunto de lancha de R$ 15 mil. Há quatro anos, ele tinha um Honda City de R$ 61,4 mil.
Enquanto o Dr. Gabriel causa inveja em muita gente, pela espetacular evolução patrimonial, Elano teve movimento totalmente inverso, perdeu tudo no mesmo período. Em 2016, ele declarou ter patrimônio de R$ 473,4 mil, que incluiu uma construtora avaliada em R$ 396 mil. Neste ano, ele declarou não possuir nenhum tostão. Desde 2008, ele vinha declarando possuir mais de R$ 400 mil.
A crise também passou longe do prefeito Marcelino Iunes. No comando da prefeitura, ele viu o patrimônio crescer 44,21%, de R$ 592,4 mil para R$ 854,3 mil, conforme declarações feitas à Justiça Eleitoral. O maior bem é a casa de R$ 420 mil e uma Blazer de R$ 182,6 mil.
O tucano praticamente triplicou o patrimônio em oito anos, considerando-se o valor de R$ 340 mil declarado em 2012, quando foi eleito vereador. Em 2008, ele declarou ter apenas R$ 70 mil. Quando foi candidato em 2004, Iunes informou não possuir nenhum bem.
O ex-deputado estadual Paulo Duarte teve aumento de apenas 3,98% no patrimônio em quatro anos, de R$ 2,263 milhões para R$ 2,353 milhões. O emedebista declarou ter apartamento de R$ 1,2 milhão na Capital e créditos futuros de R$ 480 mil.
Quando foi eleito prefeito pela primeira vez, em 2012, Duarte tinha patrimônio de R$ 1,573 milhão. Ele tinha valor ainda mais modesto em 2010, quando se elegeu deputado estadual pela primeira vez, quando declarou R$ 654,1 mil.
Confira o patrimônio dos concorrentes à prefeitura em 2020
Candidato | Patrimônio |
Paulo Duarte (MDB) | 2.353.239,81 |
Dr. Gabriel (PSD) | 2.021.003,89 |
Marcelo Iunes (PSDB) | 854.339,11 |
Elano Holanda (PSL) | 0 |
Joseana Garcia (PRTB) | 0 |
Fonte: TER-MS |
O patrimônio de Anísio Guató teve aumento de 4,7% em quatro anos, de R$ 105 mil em 2016 para R$ 110 mil neste ano. O curioso é que em 2018, quando disputou o cargo de senador da República pelo PSOL, ele declarou possuir apenas R$ 60. O valor sai da curva da média declarada em outros anos.
Única mulher na disputa da prefeitura de Corumbá, Joseane Garcia (PRTB) informou não ter nenhum bem a declarar à Justiça Eleitoral. Esta é a sua primeira eleição.
O patrimônio dos candidatos ajuda o eleitor, junto com outros critérios, a decidir pelo voto no dia 15 de novembro deste ano.