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    Campo Grande

    Dona de passado em que fez brotar fortuna e cidades, erva-mate tenta reviver em MS

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt11/10/20205 Mins Read
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    Fazenda Campanário em Mato Grosso do Sul: expoente da fortuna da Matte Larangeira

    “Campanário, vista do alto, dá agradável impressão. O seu traçado moderno não parece o de uma cidade no meio da selva. Os seus telhados vermelhos, as suas árvores alinhadas, as suas ruas muito retas e muito rubras, tudo feito com gosto artístico e com visão de futuro, dão ao viajante impressão de que chega a uma dessas cidades que o dinamismo paulista tem feito nascer da noite para o dia”.

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    Intitulada “Campanário- Uma Cidade na Selva”, matéria da revista O Cruzeiro em 1941 traz texto e fotos sobre a cidade erguida pela Matte Larangeira em Ponta Porã, expoente de uma riqueza que brotava do chão: a erva-mate.  

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    Com o cultivo literalmente perdendo terreno ao longo das décadas, a erva-mate “made in MS” hoje reponde por uma variação de apenas 1% a 5% do que se consome no mercado interno. Ou seja, quase 100% do produto que abastece o tereré, bebida paixão do sul-mato-grossense, vem de outros Estados. Projetos tentam reabilitar a produção, mas sai de cena uma gigante como a Campanário para se incentivar o cultivo entre pequenos produtores.

    No passado, a erva-mate teve um nome emblemático nos territórios do então Mato Grosso: Thomaz Larangeira, que trabalhou na comissão demarcadora de limites entre Mato Grosso e o Paraguai. Com autorização para explorar os ervais, ele marca presença em livro sobre a história de MS por uma indústria que se tornou fonte estupenda de riqueza até a década de 40.

    Matéria da Revista O Cruzeiro sobre a Fazenda Campanário.

    “Aos poucos, Tomaz Laranjeira construíra um verdadeiro império de trabalho onde o paraguaio derrotado e necessitado de sobreviver, encontrava graças ao seu sistema frugal de vida, meios de subsistência. Em épocas certas do ano os ervais silenciosos enchiam-se de vida com a presença dos ervateiros a colher a erva, num verdadeiro trabalho hercúleo”, cita J. Barbosa Rodrigues no livro “História de Mato Grosso do Sul”.

    Sobre o poder da companhia, o autor compara que era um estado dentro do Estado. Já a Campanário é citada como cidade, mas medieval, fechada para “quem quer que seja, fosse um delegado de polícia ou juiz de direito”.

     No saldo positivo, Barbosa Rodrigues cita a criação de Porto Murtinho (antiga fazenda Três Barras) por onde era exportado o produto da extração ervateira, além da formação das povoações de Ponta Porã, Bela Vista, Antônio João e Dourados.

    Valores para viagens de Ponta Porã à Fazenda Campanário

    Tempo de colheita – De volta a 2020, investimento de R$ 2,7 milhões tenta fortalecer a produção da erva-mate em dez municípios de Mato Grosso do Sul: Ponta Porã, Laguna Carapã, Amambai, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Antônio João, Paranhos, Iguatemi, Japorã e Tacuru.

    O projeto da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) inclui 210 produtores rurais e o resultado deve vir a partir do terceiro ano, tempo da colheita nos 210 hectares.

    Atualmente, a produção estimada de erva-mate no Estado é de 1,5 mil tonelada por ano. Os outros 95% consumidos em MS vêm de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

    De acordo com o economista Eugênio Pavão, a erva-mate foi tão forte no cenário regional que financiava o governo do então Mato Grosso, antes da criação do Estado. Um terço do atual território de MS era da Matte Larangeira.

    Num retrato de hoje, ele analisa que o avanço dos ervais só seria vantajoso se tivesse demanda externa, dolarizada e grande exportação. “Se chinês tomar tereré, estaríamos feitos. A demanda interna não justifica investimentos e subsídios para a atividade”. A China é o principal destino das exportações do Estado.

    Atualmente, a produção estimada da erva-mate no Estado é de 1,5 mil tonelada.

    Erva-mate Santo Antônio: tradição de família

    Tendo a erva-mate como tradição de família na indústria Santo Antônio e presidente do Sindimate (Sindicato dos Produtores de Erva-mate de Mato Grosso do Sul), Paulo Cesar Benites defende que ainda há espaço para ampliar a produção em Mato Grosso do Sul.

    “Queremos gerar empregos aqui. Queremos que o governo invista para o plantio nas pequenas propriedades, assentamentos, áreas indígenas e quilombolas”, afirma.

    Atualmente, a Santo Antônio importa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul 95% da matéria-prima. Ao longo da década de 1970, os ervais nativos de MS foram removidos para o plantio de soja, milho ou transformado em pastagem para o gado.

    A empresa tem secadores parados por falta de material. Após a colheita, a erva-mate deve passar por processo de secagem em no máximo quatro horas. A industrialização acontece em Mato Grosso do Sul.

    “Aqui, a gente prepara ela mais suave, mais forte, com sabor de menta, limão ou torra de novo para o chá-mate”, diz Paulo, representante da quarta geração de uma família sempre ligada à extração da erva-mate.

    No início do século XX, o bisavô Juan Bautista Benitez trocou o Paraguai pelo então Mato Grosso e se instalou em Aral Moreira, se dedicando à produção e extração de erva-mate. Em 1958, José Benitez Cardenas, filho de Juan, fundou a Santo Antônio. Um museu em homenagem à história da erva-mate foi aberto pela indústria em Ponta Porã.

    A partir de Mato Grosso do Sul, os produtos da indústria são distribuídos para Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amazonas, Ceará, São Paulo, Distrito Federal e países da América do Sul.

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