Treze dos 15 candidatos a prefeito de Campo Grande mostraram a estratégia para conquistar o eleitor no horário eleitoral gratuito na TV e no rádio, que começou nesta sexta-feira (9). A propaganda eleitoral ganha importância devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19. A população terá a opção do mais preparado para enfrentar a crise até o novato, disposto a combater à “velha política”.
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Os candidatos com pouco tempo tentaram deixar a marca com uma frase de impacto, como foi o caso de Marcelo Bluma (PV), que abriu o horário conclamando o povo: “chega de sofrimento”. A candidata do Podemos, delegada Sidnéia Tobias, apresentou o bordão “chega de corrupção”. Ela indicou que usará a função ocupada por décadas para se apresentar como o nome ideal para “limpar essa sujeirada toda”.
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Na segunda disputa, o candidato do Novo, Guto Scarpanti, frisou que não é político nem filho de político. Ele apresentou-se como o mais indicado para combater a velha política. Com pouco tempo, o engenheiro Marcelo Migliolli (SD) fez balanço como secretário estadual de Infraestrutura no primeiro mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB), que incluiu a duplicação da Avenida Euller de Azevedo, que muita gente critica por ser torta, e 2 mil casas, entre outros.
Candidato à reeleição e com maior tempo na TV, Marquinhos Trad (PSD) lembrou da herança deixada pelo antecessor, Alcides Bernal (Progressista). Ele lembrou que pegou a cidade em total abandono e conseguiu arrumar a casa, acabar om os buracos, garantir merenda e kits para os estudantes da rede municipal e colocar em dia a folha de pagamento dos 27 mil servidores municipais.
“Teremos muita coisa boa para nossa cidade e Deus vai nos abençoar”, afirmou o prefeito. “Trabalhamos muito, mas sem apontar culpados nem falar mal de ninguém”, enfatizou Marquinhos. A vice-prefeita, Adriane Lopes (Patri), apresentou as metas da chapa para o próximo mandato, como estratégia para conquistar o voto feminino nas eleições deste ano.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou-se e defendeu que é preciso “cuidar da cidade inteira”. “Campo Grande não é apenas o centro, mas a outra que sofre com o abandono”, afirmou, com imagens do candidato percorrendo as principais vias da Capital. De forma resumida e rápida, ele apresentou as prioridades, como usar a inteligência na segurança e retomar as obras paradas.
Aposta do MDB para retomar o comando de Campo Grande após oito anos, o deputado Márcio Fernandes apresentou a família. Ele apareceu cozinhando ao lado da esposa e das duas filhas. O pai, Wilson Fernandes, fez um depoimento. “É preciso inovar e transformar novamente Campo Grande”, defendeu o deputado.
Com pouco tempo na TV, o candidato do Avante, Promotor Harfouche, enfatizou o “passado limpo” para conquistar a confiança do eleitor. Ele usou o restante do pouquíssimo tempo para divulgar as redes sociais, principal aposta para conquistar o eleitorado nas eleições deste ano.
Também com pouco tempo, a psicóloga Cris Duarte (PSOL) centrou o discurso no voto feminino, que representa mais da metade dos eleitores na Capital. “Chegou a hora e a vez das mulheres governarem Campo Grande”, conclamou a socialista.
O advogado Esacheu Nascimento (Progressista) seguiu o roteiro de apostar na Santa Casa como vitrine da campanha. Sem citar a dívida milionária da instituição, ele disse que implantou modelo de gestão no hospital, que pretende levar para a prefeitura. “Com trabalho sério, as transformações vão chegar em todas as regiões de Campo Grande”, afirmou.
Apesar do pouco tempo, o ex-secretário municipal de Governo, Paulo Matos (PSC) fez uma breve apresentação. Ele defendeu uma cidade “moderna, saudável e justa”.
Dagoberto (PDT) apresentou um clip musical com uma rosa vermelha, o símbolo do PDT, mas sem fazer discursos. João Henrique (PL) defendeu que o eleitor precisa acreditar nos políticos, porque nem todos são iguais. Neto do ex-governador do Estado e ex-prefeito da Capital, Marcelo Miranda, ele se apresentou como credor da confiança do eleitor nas eleições deste ano.
Em guerra interna, o PSL não apareceu no horário eleitoral. Ontem, a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura do deputado federal Loester Trutis, abrindo caminho para a homologação do vereador Vinicius Siqueira. No entanto, apesar dos programas já estarem gravados, ele não estreou no horário eleitoral na hora do almoço na TV.
O horário eleitoral segue até 12 de novembro. Na TV, o programa de 10 minutos será exibido às 12h e às 19h30. No rádio, às 7h e 11h. Além disso, os candidatos vão ter 70 minutos ao longo do dia em inserções menos, das 5h à meia-noite.