Nova pesquisa sobre a sucessão presidencial em 2022 põe o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), em 4º lugar e na frente do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O campo-grandense chega a 12% na região Centro-Oeste e obtém os melhores índices entre as mulheres e os mais ricos.
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Divulgado pelo Poder360, a sondagem foi feita pelo Data Poder com 2,5 mil eleitores em 459 cidades entre os dias 14 e 16 deste mês. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
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No primeiro cenário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), obteve 35% das intenções de votos, seguido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 21%. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (sem partido), surge com 11%, seguido por Mandetta, com 5%, Doria, com 4%, Ciro e o governador do Maranhã, Flávio Dino (PCdoB), com 3%. Outros 11% votariam em branco ou nulo, enquanto 7% não souberam responder.
Nesta simulação, ex-ministro da Saúde fica com 2% entre os homens, mas atinge 7% no eleitorado feminino. Na região Centro-Oeste, ele fica com 12%, em empate técnico com Moro (14%), e bate Doria no Sudeste, com 7% a 4%. Mandetta fica no traço de 1% no Sul e Norte. Considerando-se a renda, Mandetta conquista 13% entre os eleitores com mais de dez salários mínimos, superando Lula (12%) e Moro (9%).
No segundo cenário, Mandetta fica em 4º, com 7%, empatado com Ciro, mas atrás de Bolsonaro, com 35%, de Moro, com 13%, e do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), com 10%. Aqui, o ortopedista sul-mato-grossense fica com 8% das mulheres e 7% dos homens.
Mandetta fica em 2º lugar, com 21%, atrás apenas de Bolsonaro (42%), entre os eleitores com renda de dois a cinco salários mínimos. Entre os mais ricos, ele fica em último, com 1%. Por nível de escolaridade, o maior percentual está entre os eleitores com nível fundamental (1%).
O instituto não simulou segundo turno com Mandetta. Bolsonaro teria disputa mais acirrada com Lula, com empate de 41%. Com Haddad, o presidente ficaria com 45%, contra 38% do petista. Moro obteria 37%, contra 40% de Bolsonaro. Ciro perderia pelo placar de 32% a 48%. No confronto com Doria, Bolsonaro venceria por 45% a 32%.
Mandetta colhe os frutos das entrevistas diárias sobre a pandemia da covid-19, um dos motivos do atrito com o presidente da República. Ele alertou desde o início para a gravidade da doença e defendeu as medidas de isolamento adotadas pelos prefeitos e governadores desde março deste ano.
Os números devem entusiasmar o Democratas, partido do ex-ministro, que controla a Câmara dos Deputados, com Rodrigo Maia, e o Senado, com Davi Alcolumbre, a se arriscar com candidato próprio na disputa presidencial. O último candidato a presidente da sigla, quando ainda era PFL, foi Aureliano Chaves, em 1990.
Nas eleições seguintes, o DEM apoio Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando tinha o vice, Marco Maciel, e continuou como fiel escudeiro dos tucanos. Ao ganhar musculatura nacional, Mandetta pode ser obrigado a deixar de lado o sonho de ser candidato a governador de Mato Grosso do Sul para entrar na disputa presidencial em 2022.