Em convenção drive in no Shopping Bosque dos Ipês, na noite desta terça-feira (15), o Solidariedade homologou a candidatura a prefeito da Capital do engenheiro civil Marcelo Miglioli, 49 anos, e a vice-prefeita da enfermeira Carlla Bernal. Como parte do programa de cinco eixos, que tem o aval do PMN, ele propõe transformar o antigo Hotel Campo Grande em Centro de Diagnósticos e Especialidades Médicas para zerar a longa fila por exames na rede pública.
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Outra proposta é elevar a velocidade das avenidas em Campo Grande, que classifica como “pegadinha” da indústria da multa ao manter a máxima atual de 50 quilômetros por hora. Sem citar, ele acaba se inspirando na proposta de João Doria (PSDB), que ampliou a velocidade máxima nas vias paulistas quando era prefeito de São Paulo.
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Ex-secretário estadual de Infraestrutura no primeiro mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB), ele trocou o ninho tucano pelo Solidariedade há 11 meses de olho na cadeira do prefeito Marquinhos Trad (PSD). Na disputa para o Senado há dois anos, ele obteve 347.861 votos.
Como prefeito, Miglioli diz que o programa de governo terá cinco eixos. O primeiro é a desburocratização da máquina pública para facilitar a vida dos empresários na Capital. Na sua avaliação, o empreendedor sofre com a burocracia e acaba na pendência do “QI”, o famoso quem indica, para obter alvará e outras autorizações do município.
“Vamos reestruturar os núcleos industriais e ter mais diálogo com o setor produtivo”, promete, sobre ouvir as entidades empresariais, como Fiems, Câmara dos Dirigentes Lojistas e Associação Comercial e Industrial.
Na saúde, uma das prioridades será transformar o Hotel Campo Grande, ícone do século passado no centro da Capital, em Centro de Diagnósticos e Especialidades Médicas. “A fila não anda nunca”, ressalta, sobre a demora da população em realizar exames médicos no SUS (Sistema Único de Saúde). Migioli diz que há dinheiro na saúde, R$ 1,2 bilhão, mas que os recursos são mal geridos. “O problema de grana é falta de gestão administrativa”, explica.
Outra proposta é criar equipes fixas em todas as unidades de saúde com o objetivo de humanizar o atendimento. O candidato defende que o médico e o enfermeiro tenham contato frequente e conheçam os pacientes das unidades básicas de saúde. “É preciso criar a relação médico paciente como existe nos convênios particulares”, propõe.
Na educação, Marcelo Miglioli elenca duas prioridades: ampliar o número de vagas ofertadas nas escolas municipais de educação infantil, os antigos Ceinfs, e implantar escolas de ensino integral na periferia. Ele defende que o estudante tenha ensino regular em período e, no contraturno, a criança participe de curso de idiomas, atividades esportivas e aulas de informática.
O ex-secretário de Infraestrutura quer adotar medidas para ampliar a mobilidade urbana na Capital, como a conclusão das novas avenidas, como a Rita Vieira, e tirar do papel os prolongamentos previstos há muitos anos, como da Guaicurus até a saída de Sidrolândia, e da Ernesto Geisel até o Bairro Nova Lima.
Engenheiro formado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Migioli defende a construção de viaduto para acabar com os congestionamentos na rotatória da Coca-Cola na Avenida Costa e Silva, na saída para São Paulo, e outra solução para o cruzamento das avenidas Via Parque e Mato Grosso, que tiveram a rotatória substituída por semáforo na gestão de Marquinhos.
O candidato do Solidariedade ainda quer elevar a velocidade máxima das avenidas e ruas na Capital. “Montaram uma maracutaia para pegar o campo-grandense”, afirma, sobre a velocidade máxima em vias amplas, como as saídas para Aquidauana, Sidrolândia, São Paulo e Cuiabá, que possuem limite máximo de 50km/h.
“É preciso um projeto de tráfego”, propõe, citando que a Capital pode seguir o exemplo de São Paulo, que elevou para 90 km/h a velocidade nas vias marginais, e de 60 km na região da 25 de Março.
Na sua segunda disputa eleitoral, Miglioli terá como companheira de chapa a enfermeira Carlla Bernal. Servidora municipal desde 2007, ele atuava como socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ela já foi diretora do Centro de Atendimento Psicossocial, supervisora-geral do Samu Regional e enfermeira do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
As convenções devem homologar mais quatro candidatos nesta quarta-feira (16). A campanha começa no dia 27 e o primeiro turno da eleição será no dia 15 de novembro.