Em convenção no formato walk trhu (a pé), na manhã deste sábado e no meio das árvores da Alameda Íres Ebner, o PV oficializou a candidatura a prefeito de Campo Grande de Marcelo Bluma, 57 anos, e a vice-prefeito, do professor e pastor José Alvarenga. Candidato ao chefe do Executivo pela 3ª vez, o advogado e engenheiro civil propõe rever os tributos municipais, que inclui a implantação do IPTU Progressivo e mudança no cálculo da taxa do lixo. Ele também quer gerar renda com a ocupação de praças e parques.
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“Vou mostrar para Campo Grande que a questão ambiental não é só o Parque dos Poderes”, afirmou, explicando que pretende implementar políticas para a preservação dos córregos, parques ecológicos, reservas lineares e nascentes no perímetro urbano.
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Bluma defende que seja estendida a toda a cidade projeto semelhante ao desenvolvido na Praça da Bolívia, no Centro, que reúne apresentações culturais com gastronomia, antiguidades e artesanato. “Falta de visão para ver a economia criativa”, ressalta, sobre a proposta para gerar renda a partir de projetos culturais e artísticos nas praças e parques da Capital, mudando a cultura de espaços de lazer vazios.
O candidato do PV vai propor debate do transporte de massa, mas com a inclusão dos motoristas de aplicativos e ciclovias. “Não podemos pensar só com ônibus”, garante, ressaltando a importância dos aplicativos nos bairros. Outro ponto é a criação de ciclofaixas nos bairros, considerando-se a população das bicicletas elétricas, principalmente por mulheres.
“Quero fazer a revisão do Código Tributário municipal, para rediscutir a taxa do lixo, por exemplo”, ressalta. Bluma explica que a cobrança é feita com base na área construída do imóvel, mas a prefeitura paga a Solurb pela quantidade de lixo recolhida. Para o candidato, o valor será mais justo se for cobrado de acordo com a quantidade de resíduos gerados.
Outro ponto espinhoso é o IPTU Progressivo, aprovado em 2008, na gestão de Nelsinho Trad (PSD), mas que nunca foi regulamentado. Ele quer usar o tributo para combater a especulação imobiliário dos grandes vazios urbanos e incentivar a ocupação de áreas com toda a estrutura urbana, como pavimentação, energia e saneamento, mas desocupadas.
Esta é a 4ª vez que Bluma disputa um cargo executivo. Só pela prefeitura da Capital, já foram duas tentativas. Em 2012, ele ficou em 5º lugar ao obter 3.284 votos. Na eleição passada, o representante do PV obteve 10.707 votos (5º lugar).
Em 2018, o engenheiro foi candidato a governador do Estado, ficando com 16.544 votos, curiosamente, novamente em 5º lugar. O desafio do PV é romper a barreira da 5ª colocação na disputa.
Natural de Corumbá, o candidato reside em Campo Grande desde 1978. Em 1985, ele se formou em Engenharia Civil pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Formou-se em 2010 em Direito pela Estácio de Sá. Ele foi vereador por três mandatos, de 2000 a 2012. Atualmente, comanda escritório particular no ramo de construção e locação de imóveis.
Candidato a vice-prefeito da Capital, José Alvarenga é campo-grandense e pastor da Igreja Batista do Bairro Nova Lima, na saída para Cuiabá. Ele é professor de Sociologia e Filosofia. Filiado ao Partido Verde desde 1980, ele é formado em Teologia pelo Seminário Batista do Suld o Brasil, no Rio de Janeiro.
Amanhã, ocorrem mais duas convenções. O PT deve oficializar a candidatura do deputado estadual Pedro Kemp. O PSL faz convenção à tarde. Inicialmente, conforme postagem feita nas redes sociais pelo presidente da comissão provisória municipal, deputado federal Loester Trutis, o candidato deve ser o vereador Vinicius Siqueira. No entanto, rumores de traição na sigla indicam que o próprio Trutis deve se nomear candidato.