A pandemia de covid-19 foi declarada em março deste ano e, mesmo diante de um curto espaço de tempo, a percepção da gravidade sobre a emergência sanitária parece passar despercebida para a maioria das pessoas. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), 216 países registraram em maior ou menor escala doentes e mortos devido às complicações causadas pela ação do Sars-Cov-2 no organismo.
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Em uma escala que ultrapassa 20,7 milhões de infectados e 751,1 mil mortos, a pandemia é tratada de maneira diferente pelas autoridades sanitárias dos países atingidos. Também diferente é a percepção dos cidadãos sobre a doença, para a qual foram listados 38 mitos utilizados como notícias falsas.
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Esses mitos, as fake news, foram desmentidas pela OMS, que reforçou o trabalho educativo como forma de prevenir novas infecções. Entre os mitos estão a eficácia de medicamentos, o uso de vacinas para outras doenças, as condições climáticas e, até, o medo de permanecer “para sempre” com a doença. Confira essa e outras fake news desmentidas pela OMS.
Mentira: A doença covid-19 não permanece no organismo para sempre após a infecção.
De acordo com a OMS, as pessoas podem ter covid-19, se recuperar e, depois, eliminar coronavírus. É preciso buscar atendimento médico para monitorização dos sintomas, como tosse e dificuldade de respirar. Não é explicada a reinfecção, já relatada por estudos sobre a covid-19, mas a doença não tem caráter permanente.
Mentira: Aumentar a ingestão de álcool impede a ação do coronavírus
A OMS explica que, além de não prevenir a contaminação por Sars-Cov-2, a ingestão de álcool é prejudicial à saúde. É uma prática que pode, inclusive, fragilizar o organismo. Também são vetadas práticas como a ingestão de etanol, metanol e água sanitária. Todos os produtos são tóxicos.
Mentira: Scanners térmicos ajudam a detectar a covid-19
Esses equipamentos, conforme a OMS, são eficazes para detectar a temperatura corporal. A febre é apenas um dos sintomas da covid-19, mas nem todas as pessoas manifestam. Assim, o scanner pode demonstrar alteração da temperatura, mas isto não significa que seja por covid-19. De qualquer maneira, é preciso procurar ajuda médica.
Mentira: Adicionar pimenta à comida ajuda a impedir a infecção por covid
As pimentas só serão responsáveis pela adição de sabor ao alimento. Elas não têm o poder de prevenir ou curar a covid-19. A OMS reforça que o método eficaz para prevenção ainda é o uso de máscaras e o distanciamento físico.
Dúvida: Moscas domésticas transmitem o novo coronavírus
Não há evidências, segundo a OMS, que apontem a transmissão do coronavírus por moscas domésticas. As principais formas de transmissão ainda são as gotículas de secreções de pessoas infectadas e superfícies contaminadas.
Dúvida: Picadas de mosquito podem transmitir coronavírus
O Sars-Cov-2 é um vírus transmitido pelas vias respiratórias. Ainda não foram encontradas evidências de que picadas de mosquito possam ser responsáveis pela transmissão da doença. Os mosquitos são vetores de transmissão de outras patologias, nomeadamente a dengue, zika vírus e chikungunya.
Mentira: Tomar banho quente ajuda a reduzir a propagação do Sars-Cov-2
Segundo a OMS, as pesquisas indicam que não é possível usar a água aquecida do banho como prevenção à transmissão de coronavírus. A melhor forma de evitar a contaminação ainda é o uso de máscaras e o reforço da higiene das mãos e objetos.
Fazemos o boletim covid-19 porque:
Em dezembro de 2019, as autoridades de chinesas de informaram a OMS (Organização mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19. Em 11 de março, a OMS anunciou que as infecções atingiam proporções epidêmicas. Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.
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