Mato Grosso do Sul repetiu o desempenho de 2020 e conta dois parlamentares, o deputado federal Fábio Trad (PSD) e a senadora Simone Tebet (MDB), entre “Os 100 Cabeças do Congresso” em tempos de sessão remota, com atividades realizadas a distância. O feito mais raro é o Estado superar as outras unidades do Centro-Oeste, habituadas a ter mais destaque e influência na política nacional.
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O desempenho sul-mato-grossense poderia ter sido melhor, já que o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), que elabora há 27 anos, não incluiu parlamentares licenciados no ranking. Ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, deputada federal licenciada, seria presença certa na lista dos mais influentes, composta neste ano por 70 representantes da Câmara e 30 do Senado.
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Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal só tiveram um parlamentar no “Top 100” deste ano. Advogado e no terceiro mandato como deputado federal, Fábio Trad vem se destacando no grupo dos formuladores. Nos últimos meses, o irmão de Marquinhos Trad (PSD) vem se destacando por comprar brigas com os seguidores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No Congresso Nacional, ele participou da conclusão do Pacote Anticrime, encaminhado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que incluiu pontos polêmicos, como o juiz de garantia.
Ex-prefeita de Três Lagoas, ex-vice-governadora na gestão de André Puccinelli (MDB) e advogada, Simone está no primeiro mandato de senadora e preside a Comissão de Constituição e Justiça. Pela 4ª vez na lista dos Cabeças do Congresso, ela sonha em repetir a trajetória do pai, Ramez Tebet (MDB), e se eleger presidente do Senado em 2021.
Outros dois parlamentares, Beto Pereira (PSDB) e Nelsinho Trad (PSD), continuam como políticos em ascensão do DIAP. Eles não evoluíram e continuam na mesma condição que estavam ano passado. Pereira quase foi eleito líder do PSDB, mas acabou perdendo a disputa ao se opor ao grupo do ex-senador Aécio Neves (PSDB), que o derrotou para mostrar força ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Nelsinho preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e ganhou notoriedade ao ser cortejado por Bolsonaro quando ele planejava indicar o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Durante viagem a Washington, o senador campo-grandense acabou infectado pelo coronavírus.
A presença de MS na lista “Os Cabeças do Congresso” mostra o bom momento do Estado em Brasília. No início da gestão de Bolsonaro, o Estado chegou a ter dois ministros. No entanto, após desavenças públicas com o presidente da República, Luiz Henrique Mandetta acabou sendo demitido do Ministério da Saúde, mas permanece como referência nacional para falar sobre a pandemia da covid-19.
O ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) foi o político sul-mato-grossense por mais tempo no “Top 100” do Congresso ao figurar por 10 anos na lista do DIAP. O primeiro a integrar o ranking foi Saulo Queiroz, na época no PFL, em 1995. O Estado ficou por seis anos, de 1999 a 2001, sem nenhum parlamentar na lista. Foi um período em que nenhum dos 11 parlamentares, oito deputados federais e três senadores, teve atuação de destaque.