A pandemia da covid-19 bateu recorde assustador em Mato Grosso do Sul com a confirmação de mais 711 casos e 11 mortes nas últimas 24 horas, conforme boletim da Secretaria Estadual de Saúde. A caminho de se tornar o novo epicentro do coronavírus, Campo Grande teve dois óbitos e mais 323 testes positivos.
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De acordo com o boletim, a ser divulgado na manhã desta quarta-feira (1º), o número de pessoas infectadas pelo novo vírus saltou de 7.965 para 8.676 em Mato Grosso do Sul. O balanço pode incluir o resultado dos exames que estavam represados e passaram a ser analisado no Instituto Butantan, em São Paulo.
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Também é assustador o número de novas mortes confirmadas nas últimas 24h, de 76 para 87. Sem óbitos desde 4 de junho deste ano, a Capital teve duas mortes de mulheres de 65 anos. Uma estava internada no Hospital Regional Rosa Pedrossian, conforme a Secretaria Estadual de Saúde. Ela tinha histórico de doença pulmonar crônica obstrutiva e faleceu na segunda-feira (29). A outra mulher estava internada no Hospital Geral do Exército.
Após a publicação do boletim na live realizada na manhã de ontem (30), a Secretaria de Saúde comunicou nove óbitos causados pelo coronavírus no Estado. Mais um profissional de saúde, classificados como heróis por atuarem na linha de frente no combate da pandemia, morreu em Itaquiraí. A técnica de enfermagem era portadora de cardiopatia, hipertensão e obesidade. Ela apresentou os sintomas no dia 8 de junho, foi internada no Hospital Universitário de Dourados no dia 17 e faleceu no dia 29.
A outra morte em Itaquiraí foi de homem de 92 anos de idade, que morreu no mesmo dia em que foi internado no Hospital São Francisco. O resultado só foi divulgado ontem. A segunda morte registrada em Amambai foi de uma mulher de 64 anos de idade, que tinha pressão alta. No entanto, apesar de apresentar os sintomas, ela se recusou a ficar internada e morreu no dia 28, no dia seguinte a dar entrada no hospital.
Um morador de rua de 80 anos morreu em Dourados após ficar internado por seis dias. Uma mulher de 44 anos morreu em Fátima do Sul. Conforme a secretaria, ela era assintomática e estava com suspeita de estar com câncer. Também foi confirmada a morte de uma mulher de 80 anos em Corumbá.
Na madrugada de hoje, conforme o Campo Grande News, o médico Miguel Yoneda, 74 anos, morreu após ficar internado em Dourados. Ele é o primeiro médico morto pela pandemia no Estado. Miguelito, como gostava de ser chamado, estava internado no Hospital Universitário.
O número de casos explodiu após o afrouxamento das medidas de isolamento em Campo Grande, em que houve a reabertura do comércio, do Terminal Rodoviário e da liberação das academias. De acordo com a secretaria, a Capital registrou 323 novos casos em 24h, com o número total saltando de 2.168 para 2.491.
Dourados teve 134 novos casos e passou de 2.536 para 2.670. Também preocupa a evolução rápida da pandemia em Rio Brilhante (351 casos confirmados), Corumbá (342), Três Lagoas (287), Fátima do Sul (235), Chapadão do Sul (163) e São Gabriel do Oeste (152).
Em meio a expansão meteórica da doença no Estado, especialistas defendem o lockdown, medida adotada em Rochedo e Rio Brilhante. No entanto, o Governo do Estado anunciou o plano de biossegurança para manter a atividade econômica, em que define as cidades por cores para estabelecer o nível de restrição.
Na semana passada, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou o lockdown no Estado. Já no Mato Grosso, a Justiça acatou pedido do Ministério Público e decretou o isolamento total em 15 cidades, inclusive em Cuiabá, capital.