No 100º dia desde a notificação do primeiro caso em Mato Grosso do Sul, a pandemia do coronavírus causou mais oito mortes, inclusive de mais uma profissional de saúde, e teve novo recorde com a confirmação de mais 393 casos. No cenário mais sombrio até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde contabiliza 55 óbitos e 5.784 diagnósticos positivos da covid-19.
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Em meio à maior aceleração no contágio do novo vírus, o Estado também registra aumento no número de internações pela doença. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, 158 pessoas testaram positivo e estão internadas. Deste total, 76 estão internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
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Ao contabilizar todos os doentes com sintomas da covid-19 apenas no SUS (Sistema Único de Saúde), os hospitais contam com 111 pacientes, dos quais 62 estão na UTI. Dos 199 leitos intensivistas destinados às vítimas da pandemia, 39% já estão ocupados na Capital e no interior do Estado.
Com a confirmação de mais 393 novos casos, o Estado se aproximada do número de 6 mil casos do coronavírus no Estado. A situação segue fora de controle em Dourados, que confirmou mais 135 diagnósticos (1.829 para 1.964). O agravante na segunda maior cidade do Estado é a falta de ações para conter a situação por parte da prefeita Délia Razuk (PTB).
Famosa nacionalmente pela abertura de um bar, que bombou no fim de semana, Campo Grande também vê a situação ficar fora de controle, com mais 126 casos positivos – passando de 1.212 para 1.338. Especialistas já defendem medidas mais duras na cidade, como ampliação do toque de recolher, que vale da meia-noite às 5h da manhã.
A pandemia não se propaga apenas com mais rapidez, mas como de forma mais letal em Corumbá, na fronteira com a Bolívia. A Cidade Branca confirmou mais 19 casos em 24h, chegando a 216 testes positivos. Com mais três mortes, o município contabiliza cinco mortes pela pandemia. A taxa de letalidade é de 2,31%, sem incluir três bolivianos, e mais que o dobro da média estadual, de 0,9%.
Mais uma heroína da saúde morre no combate da pandemia, desta vez em Corumbá. De acordo com o Diário Corumbaense, a técnica de enfermagem Rosimeire Ajala, a Rose Bombom, 44 anos, foi internada no dia 15 deste mês e morreu na madrugada de hoje. Dois testes chegaram a dar negativo para a doença. Com problemas de diabetes, hipertensão e obesidade, ela trabalhava na maternidade.
Outros dois homens morreram em decorrência da doença na cidade. Mário Meneces Kuisbert, 50, tinha diabetes e hipertensão e estava internado desde o dia 16 deste mês. O outro homem tinha 29 anos de idade e sofria de diabetes, conforme a Secretaria Estadual de Saúde.
Duas mulheres, de 74 e 64 anos de idade, morreram em Dourados. Guia Lopes da Laguna registrou a segunda morte, de um homem de 86 anos que estava internado desde 18 de maio no Hospital Regional Rosa Pedrossian.
Um homem de 74 anos morreu em Vicentina no dia 18 deste mês. Uma mulher de 40 anos morreu em Glória de Dourados. Com a confirmação recorde de hoje, o Estado tem 55 mortes causadas pela covid-19, sendo 35 apenas neste mês.
O secretário estadual de Saúde voltou a alertar para o baixo índice de isolamento social e das festas promovidas pela população, principalmente, em Campo Grande. O avanço da pandemia já está levando o HR a ativar o hospital de campanha, que tem capacidade instalada para receber 120 pacientes.