Enquanto o Paraguai está há sete dias sem registrar mortes pela covid-19, Mato Grosso do Sul contabilizou crescimento de 52,7% na quantidade de óbitos pela doença. Oficialmente, 55 pessoas morreram no Estado em consequência da infecção pelo novo coronavírus. Já no Paraguai, foram 13 óbitos. A diferença é de 323%.
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A última morte em decorrência da doença no vizinho brasileiro foi registrada no dia 16 de junho e, desde então, houve 36 óbitos no Estado pela mesma razão. Mesmo com o aumento de mortes e diante de 5.784 casos oficiais, Mato Grosso do Sul assiste ao relaxamento das medidas recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
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Já o governo paraguaio considerou alta a transmissibilidade da covid-19 e decidiu estender as medidas restritivas. Além do número de casos, a decisão foi tomada pelo crescimento das internações. Ao apresentar as medidas, o ministro da Saúde Pública, Julio Mazzoleni, afirmou que “neste momento temos um aumento substancial de casos Saúde do Paraguai, 1.422 casos foram registrados no país desde o início da quarentena até esta terça-feira. Treze pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus no Paraguai.
Mundo tem 258 milhões de crianças fora da escola e pandemia vai piorar quadro
O Relatório Mundial de Educação da Unesco (União das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), divulgado nesta terça-feira, aponta que 17% dos adolescentes de todo o mundo estão fora da escola. Os dados correspondem à realidade de 2018, o que implica em afirmar que a situação piorou e ganhou contornos ainda piores com a pandemia de Sars-Cov-2.
Conforme a Unesco, nove a cada dez pessoas fora da escola vivem na África e na Ásia e são afetadas, principalmente, pela pobreza. No relatório, há a estimativa de que a pandemia revelou dificuldades adicionais, como a falta de acesso a tecnologias elementares (computador e sinal de internet), despreparo dos sistemas de ensino e falta de apoio para acompanhamento das atividades acadêmicas. Com o aumento da fragilidade econômica, a evasão escolar será ainda pior, prevê a Unesco.
Cientista descarta segunda onda após inverno de 2021
Em mais um cenário hipotético, a pandemia de coronavírus acaba no próximo ano após o inverno. Essa é a previsão de epidemiologistas ligados à Academia de Ciências e Engenharia de Wuhan.
Os cientistas descartam uma nova onda tão agressiva quanto a atual, mas apontam que essa realidade só será concretizada com as atuais medidas de contenção, onde estão listados o isolamento físico, reforço da higiene e uso generalizado de máscaras faciais.
Indústria de carne alemã identifica 1,553 de trabalhadores infectados
A quantidade de infectados supera o de muitos países e forçou o governo alemão a recuar nas medidas de relaxamento da quarentena na região da Renânia do Norte-Vestfália. Os casos foram registrados em uma única fábrica e colocam em cheque as medidas de contenção alemãs contra o coronavírus e o regime de trabalho dos frigoríficos locais. Sindicatos representantes de trabalhadores do setor apontam baixos salários, incumprimento de direitos e exploração de pessoal.
Fazemos o boletim covid-19 porque:
O Boletim Covid-19 O Jacaré tem como objetivo ajudar a compreender a extensão da emergência sanitária no Brasil e no mundo. Em dezembro de 2019, as autoridades de saúde chinesa informaram a OMS (Organização mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19.
Em 11 de março, a OMS anunciou que as infecções atingiam proporções epidêmicas. Desde então foram registrados casos em 188 países. Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.