Além de ter o pedido de habeas corpus negado pelo assassinato do universitário Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, o empresário Jamil Name, 81, teve a prisão preventiva decretada pela 5ª vez na Operação Omertà 3. Além do octogenário, a Justiça mandou prender mais 19 pessoas, entre as quais o “rei da fronteira”, o empresário Fahd Jamil Georges, e o policial militar Rogério Luís Phelippe, motorista do deputado estadual Jamilson Name (sem partido).
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A Justiça decretou a prisão preventiva de pelo menos três detidos na primeira fase da Operação Omertà, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado): de Name, Jamil Name Filho e do policial federal Everaldo Monteiro de Assis. Eles tiveram vários pedidos de habeas corpus negado na primeira instância, no Tribunal de Justiça, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal.
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A pedido do Gaeco e do Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal, decretou a prisão do poderoso empresário da fronteira, Fahad Jamil Georges, o Fuad Jamil, o filho dele, Flávio Corrêa Jamil Georges, do investigador da Polícia Civil, Célio Rodrigues Monteiro, do delegado Márcio Obara, do conselheiro do TCE, Jerson Domingos, da secretária pessoal da família Name, Cinthya Name Bell, dos funcionários da Pantanal Cap, Benevides Cândido Pereira e Lucimar Calixto Ribeiro.
Completam a lista de presos preventivamente, Frederico Maldonado Arruda (Fred), Lucas Silva da Costas (Lukinhas), Marco Monteoliva, Melciades Aldana (Mariscal), Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, o Rodrigo Patron, e Thyago Machado Abdulahad. Ainda foi decretada a prisão temporária de Davison Ferreira de Farias Campos e Paulo Henrique Malaquias de Souza.
Fuad Jamil não foi localizado pelos policiais. O filho dele foi preso em Ponta Porã e deverá ser transferido para a sede do Garras em Campo Grande. Jerson Domingos foi localizado na fazenda em Rio Negro e orientado pelo advogado André Borges, ele veio dirigindo o próprio carro e se apresentou na delegacia por volta do meio-dia de hoje.
A prisão preventiva de Name não foi a única má notícia do dia. Ele também teve o pedido de revogação da prisão preventiva pela morte de Matheus negada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
A defesa pediu a extensão da liminar que beneficiou o hacker Eurico dos Santos Mota, que teve a prisão revogada após o depoimento da última testemunha. Os advogados alegaram que “a gravidade abstrata do delito não justifica a prisão; e a testemunha ANTÔNIO AUGUSTO DE SOUZA COELHO ficaram fragilizados os fatos narrados na denúncia, mormente se, segundo a referida testemunha, o denunciado JAMIL NAME nunca demonstrou discordância ou insatisfação por PAULO XAVIER manter relações negociais com ANTÔNIO”.
Para o magistrado, o empresário não merece o mesmo benefício. “Isso porque, em tese, o papel desempenha do constante da denúncia por cada um deles é diferente porque a JAMIL imputa-se a pretensa ‘direção/controle e mando’ da ação delituosa, ao passo que a EURICO a conduta de fornecer, por meio do seu serviço de “hacker” as informações que lhe foram repassadas por outros acusados sobre a localização da vítima”, justificou-se.
“Noutro passo, extrai-se das peças informativas que a conduta delitiva causou insegurança, mormente se a vítima, em tese, sofreu vários tiros, sendo atingida por 7 disparos, em regiões como cabeça, braços, abdômen, por exemplo (vide laudo pericialde f. 225-42), o que demonstra o maior desvalor da conduta e do resultado, evidenciado uma gravidade concreta da conduta, sendo causa bastante em si para a prisão provisória”, ressaltou.
Além disso, Jamil Name tem a prisão preventiva decretada em outras três ações que tramitam na 1ª Vara Criminal de Campo Grande.