A atitude de governo brasileiro preocupa as autoridades sanitária mundiais, ao mesmo tempo em que o risco de contaminação pelo novo coronavírus é deixado de lado na luta contra racismo e fascismo. Desde quarta-feira, por determinação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Ministério da Saúde alterou a divulgação e passou a omitir os números totais da pandemia.
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Por outro lado, a esperança está em medicamento que será fabricado pela Rússia, mas há o alerta aos idosos, que permanecem no grupo de elevado risco.
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Governos e mídias do mundo questionam sonegação de dados por Bolsonaro
A sonegação de dados de acompanhamento à covid-19 no Brasil foram questionados por autoridades sanitárias de todo o mundo. As principais agências de notícias e representantes de governos da Europa Ocidental, do leste europeu, da China e dos Estados Unidos destacaram a censura sobre os dados de infeções por Sars-Cov-2 no Brasil.
A CNN foi categórica ao afirmar que o Brasil está perdendo a luta contra a pandemia e está mascarando dados. Os principais jornais mundiais também criticaram a medida, que incluiu, ainda a sonegação dos dados sobre infecção pela Síndrome Respiratória Aguda Grave da bases do Ministério da Saúde.
A síndrome, é um dos principais sintomas da covid-19, mas foi colocada como causa principal de mortes no Brasil o que, conforme estudos das universidades federais de Pelotas (RS) e Uberlândia (MG) indica subnotificação. Os dados sobre o Brasil deixaram de figurar de maneira contínua no mapa da Universidade Johns Hopkins, o principal indicador mundial sobre a covid-19. Agora, somente quando são divulgadas as estatísticas oficiais, o mapa é atualizado.
Manifestantes de todo o mundo driblam medo da covid e ganham as ruas
Nem mesmo o risco eminente de contaminação pelo novo coronavírus, de elevada letalidade, impediu manifestantes em cinco continentes de ganhar as ruas para protestar contra o racismo e fascismo. O estopim da insatisfação contra o racismo partiu dos Estados Unidos por conta do assassinato do segurança Georg Floyd, mas ganharam as ruas de várias das principais cidades do mundo, como Londres, Paris, Roma, Lisboa, Tóquio e Sydney.
Cidade europeias de grande fluxo de turistas, como o Porto, em Portugal, e Barcelona, na Espanha, também receberam manifestações. Entre as justificativas para o ato, mesmo na iminência de uma contaminação por doença letal estava a urgência em barrar as ações do racismo sistêmico.
Medicamento testado por russos é usado contra a artrite
O Levilamad, que será distribuído para o tratamento da covid-19 na Rússia, é destinado originalmente para o tratamento da artrite reumatóide. Esse medicamento foi criado pelos japoneses para tratar a Síndrome Respiratória Aguda Grave e teve sucesso em testes realizados por médicos chineses contra a covid-19. Após ensaios clínicos considerados promissores, o governo russo começou a produzir o medicamento e vai vai distribuir em larga escala até o fim de junho.
Letalidade da covid-19 é 112 vezes maior entre 70 e 79 anos
É o que aponta o estudo da Escola Nacional de Saúde Pública de Portugal, divulgado nesta semana, e que reforça a idade como fator de risco para a covid-19. A partir do estudo é enfatizada a necessidade de vigilância sanitária apertada para idosos, controle de asilos e unidade de saúde que atuam em cuidados permanentes.
As conclusões foram tomadas após análise dos efeitos das contaminações por Sars-Cov-2 em 20 mil portugueses na faixa etária de 90 a 79 anos. Entre as recomendações a partir do estudo estão o reforço de cuidados intensivos, internação e acompanhamento após a cura.
Fazemos o boletim covid-19 porque:
O boletim Covid-19 de O Jacaré é uma publicação extraordinária, que tem como objetivo ajudar a compreender a extensão da emergência sanitária no Brasil e no mundo. Em dezembro de 2019, as autoridades de saúde chinesa informaram a OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19.
Desde então, 6.967.910 casos foram registrados em 216 países e 401.368 pessoas morreram em decorrência das complicações geradas pela doença. . Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.