A Polícia Federal apura superfaturamento de 16.566% na venda de máscaras TNT para a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul. Empresas de três estados pretendiam faturar R$ 2 milhões com a venda de R$ 12 mil em produtos destinados à proteção individual dos agentes rodoviários contra a pandemia causada pelo coronavírus.
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Nesta quinta-feira (4), 20 policiais federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão par apurar fraude em licitação e possível crime contra a economia popular na cotação eletrônica efetuada pela PRF.
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De acordo com a PF, empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais pretendiam vender por R$ 20 máscara TNT. O problema é que o valor estava 16.566% acima do valor praticado no mercado, onde as máscaras eram vendidas a R$ 0,12 e o superfaturamento ocorreu em decorrência da demanda causada pela pandemia da Covid-19.
A PRF pretendia adquirir 100.000 unidades de máscaras cirúrgicas com características específicas. A compra poderia custar R$ 12 mil. No entanto, os empresários pretendiam faturar R$ 2 milhões. Os mandados foram expedidos pela 3º Vara Federal de Campo Grande/MS, através de Inquérito Policial instaurado pela SR/PF/MS.
A PRF informou que a compra não foi efetivada. “Numa tentativa de compra de máscaras de TNT, em um procedimento licitatório para a aquisição de materiais de higienização e prevenção a viroses, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recusou a compra de equipamentos que estavam muito acima do valor de mercado”, informou.
“Com a suspeita de pudesse estar ocorrendo alguma fraude por parte das empresas que participavam do certame, a PRF informou à Polícia Federal, através de Ofício, para providências. Através da informação da PRF, a Polícia Federal desencadeou uma operação, denominada TNT, que executou Mandados de Busca e Apreensão expedidos pela Justiça Federal”, anotou.
“Com essa constatação realizada a partir da observação de servidores da PRF, reiteramos nosso compromisso com a boa gestão dos recursos públicos oriundos do contribuinte, principalmente no momento de tanta escassez de recursos e dificuldades frente a pandemia”, ressaltou a corporação.
A Operação TNT é mais um exemplo do mau caráter e do oportunismo de alguns brasileiros, que decidiram aproveitar o desespero da sociedade com a pandemia para obter lucros estratosférico.
Além do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), investido na Operação Placebo, prefeitos e outros governadores são investigados por desvios nos recursos destinados a Covid-19.
Em Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde contratou, sem licitação, empresa denunciada por corrupção e réu pelo desvio de recursos no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.
A compra de cestas básicas pelo Governo do Estado também vem causando polêmica. O Estado pagou R$ 97 em cada uma das 60 mil cestas básicas, mas o deputo estadual Capitão Contar (PSL) revelou ter pago R$ 80,19 na mesma quantidade. O valor pago a maior seria de R$ 1,080 milhão.