Chegou a hora da verdade para Vander Loubet (PT), no quinto mandato de deputado federal por Mato Grosso do Sul. Nesta terça-feira (2), a partir das 13h, ele será julgado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. O petista é réu na Operação Lava Jato por supostamente ter recebido R$ 1,028 milhão em propina em esquema de corrupção na BR Distribuidora.
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Denunciado em março de 2015 pela Procuradoria-Geral da República, ele virou réu junto como cunhado, o advogado Ademar Chagas da Cruz e o empresário Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. Eles foram delatados pelo doleiro Alberto Yousseff em suposto esquema envolvendo o ex-presidente da República e atual senador, Fernando Collor de Mello (PROS).
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O relator da ação penal é o ministro Edson Fachin e o revisor, Celso de Mello. Ainda vão participar do julgamento do deputado os ministros Cármem Lúcia (presidente da turma), Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
Conforme a denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot em março de 2015, Loubet solicitou, em razão da função pública, vantagens indevidas entre 2012 e 2014. O total pago em propina teria sido de R$ 1.028.866,00. Os repasses ocorreram por orientação de Pedro Paulo, apontado como operador do esquema de desvio de recursos da estatal, e por meio das empresas do doleiro.
Nas alegações finais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação de Vander a 22 anos, oito meses e 20 dias de reclusão em regime fechado, a pagamento de R$ 1,9 milhão e a perda do mandato de deputado federal. O cunhado
O petista pode ser condenado a 22 anos, oito meses e 20 dias de prisão em regime fechado. O Ministério Público Federal pede a sentença de 12 anos, cinco meses e 10 dias por corrupção passiva. Outros 10 anos, três meses e 10 dias seriam por lavagem de dinheiro. Além disso, ele corre o risco de perder o mandato de deputado federal e pagar R$ 1,9 milhão. Ademar Chagas e Pedro Paulo podem ser condenado a 14 anos e quatro meses de reclusão.
A defesa de Vander alega que a denúncia está baseada em “ilações e suposições”, sem apontar concretamente indícios mínimos de autoria. O parlamentar alega que a delação premiada não pode ser a única prova para justificar a condenação.
Sobre os repasses feitos pelo empresário Pedro Paulo Leoni Ramos ao cunhado, conforme o advogado, deu-se em virtude de empréstimos. O petista garante que não tinha conhecimento que parte do dinheiro seria usada para quitar dívidas da campanha de 2012, quando disputou a prefeitura de Campo Grande.
As denúncias arranharam a imagem do deputado federal, mas não impediram sua reeleição em 2018. De acordo com a Justiça Eleitoral, na última eleição, ele obteve 55.970 votos em Mato Grosso do Sul.