Com os bens bloqueados em decorrência de denúncias por corrupção, o ex-secretário municipal de Obras, João Antônio De Marco, ganhou destaque na revista Veja por ter usado UTI aérea após contrair a Covid-19. Ele se transferiu de jatinho goiano de Campo Grande para o Hospital Sírio Libanês, considerado um dos melhores do País em São Paulo e onde ficou internado por 14 dias.
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De acordo com a revista, De Marco foi infectado pelo coronavírus em março deste ano. No dia 19 daquele mês, tomografia apontou o comprometimento de 75% dos pulmões do ex-secretário – também apresentado como fazendeiro e empresário do setor da construção civil.
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Para sobreviver a pandemia da Covid-19, o ex-secretário teria feito mais de 60 ligações entre empresar de táxi aéreo, ambulâncias e hospital para realizar a transferência. Ele contratou a UTI aérea da Brasil Vida, de Goiânia (GO). A logística de transferência incluiu ambulâncias e o transporte do Aeroporto de Congonhas ao Sírio Libanês.
Segundo a revista Veja, João Antônio De Marco foi transferido em jatinho Bombardier Learjet 75. Em decorrência das infecções causadas pela Covi-19, o ex-secretário permaneceu internado por 14 dias, inclusive em estado grave.
Ele se tornou o principal personagem da reportagem sobre como os endinheirados fogem do colapso hospitalar no Brasil. De acordo com a reportagem, o transporte em UTI aérea pode superar R$ 100 mil, dependendo da região do País, e passou a ser a saída para os afortunados, principalmente, do Amazonas, Maranhã e Pará, que sentem a força da pandemia e enfrentam colapso até no serviço funerário.
João Antônio De Marco está com os bens bloqueados pela Justiça em decorrência de denúncias de improbidade administrativa na gestão de Nelsinho Trad (PSD). Só na ação do lixo, em que o Ministério Público Estadual aponta o pagamento de R$ 50 milhões em propinas, ele está com R$ 101,5 milhões bloqueados. O pedido de desbloqueio está nas mãos do desembargador Geraldo de Almeida Santiago.
O ex-secretário ainda é alvo de 11 ações de improbidade somente pelo suposto desvio, superfaturamento e fraudes na Operação Tapa-buracos. A Justiça chegou a determinar o bloqueio em nove ações.
Ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho também contraiu a Covid-19. Ele chegou a ficar internado no Hospital Sírio Libanês, em Brasília. O empresário da construção civil André Luiz dos Santos, o André Patrola, também contraiu a doença na Capital e foi transferido para ser tratado em São Paulo.
Outro que recorreu a São Paulo para se tratar contra a Covid-19 foi o cônsul da Síria, Kabril Yussef. De acordo com o Campo Grande News, ele ficou internado por 47 dias no Hospital Sírio Libanês.
Conforme boletim divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria Estadual de Saúde, 77 novos casos foram confirmados no Estado, passando de 1.023 para 1,1 mil. O número de pacientes internados passou de 40 para 50, sendo 36 em leitos clínicos e 14 em UTI.