O PSDB virou o jogo, filiou três vereadores e permanece como maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande. Os tucanos mostram força para fazer a diferença nas eleições deste ano e começam a sonhar em eleger o sucessor de Reinaldo Azambuja (PSDB), proeza não alcançada pelo PT nem MDB. O PSD de Marquinhos Trad não conquistou o número de vereadores previsto, mas dobrou a bancada no legislativo.
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Já o procurador de Justiça Sérgio Harfouche se licenciou do cargo Ministério Público Estadual para se filiar ao Avante e assumir a pré-candidatura a prefeito. Ele ganha o reforço do vereador André Salineiro, que surpreendeu ao desistir do DEM, filiação acertada com a ministra Tereza Cristina (Agricultura e Pecuária), e reforçar a bancada do Avante. Pastor Jeremias Flores era o único integrante da bancada.
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Os maiores perdedores na janela partidária foram o PDT e o Progressista. O partido comandado por Dagoberto Nogueira tinha dois vereadores (Odilon júnior e Ademir Santana) e acabou sem nenhum. A sigla do ex-prefeito Alcides Bernal elegeu três e ficou apenas com Cazuza, que agora aposta em Esacheu Nascimento. Ele deixou a presidência da Santa Casa para ser candidato a prefeito.
Sem ser incomodado pela Justiça e pela Polícia Federal desde dezembro de 2018, o ex-governador André Puccinelli (MDB) conseguiu deixar do partido como terceira força na Câmara da Capital. Ex-secretária de Desenvolvimento de Bernal, Dharleng Campos trocou o PP pelo MDB e ampliou o núcleo emedebista de dois para três.
O PSDB tinha seis vereadores e caminhava para perder dois. Com a janela partidária, a sigla conquistou três – Enfermeira Cida Amaral (PROS), Júnior Longo (PSB) e Ademir Santana (PDT) – e passou a contar com oito vereadores. Além da maior bancada, os tucanos comandam a Câmara com João Rocha.
Com maior musculatura política no maior colégio eleitoral, os tucanos passam a ser primordiais para a reeleição de Marquinhos e ainda poderão impor o vice, para desespero de Adriane Lopes (Patri), que sonha em repetir a dobradinha nas eleições deste ano. Os mais cotados voltam a ser João César Mattogrosso e Rocha.
Além disso, o PSDB mostra vigor para sonhar em fazer o sucessor de Reinaldo, proeza não alcançada pelo PT, que tentou emplacar Delcídio do Amaral em 2006, e MDB, eleger Nelsinho Trad na vaga de André em 2014.
Apesar de ser investigado na Operação Vostok, que apura o pagamento de R$ 67,7 milhões em propinas, Reinaldo trabalha para ser candidato a senador e manter o foro privilegiado em 2023. Como a corrupção não é considerado pelo eleitor sul-mato-grossense na hora do voto, o tucano tem chances. Como sucessor, ele poderá apoiar Eduardo Riedel, atual secretário de Governo, ou até a deputada federal Rose Modesto. Ou ainda filiar Tereza Cristina, que está no DEM.
O partido de Marquinhos passou de dois para cinco vereadores. A sigla se tornou a segunda maior força no legislativa com as filiações de Odilon Júnior, Valdir Gomes e Otávio Trad. William Maksoud Neto quase se filiou, mas ficou com medo da reeleição ficar difícil com tanta gente no mesmo barco. Ele optou pelo PTB do ex-senador Delcídio do Amaral.
Além de Chiquinho Telles e Enfermeiro Fritz, o PSD ainda terá o reforço de quatro subsecretários municipais, que deixaram os cargos para disputar as eleições deste ano: a ex-vereadora Carla Stephanini (Mulheres), Maicon Nogueira (Juventude), Valdir Custódio (Procon) e Ademar Vieira Júnior, o Coringa (Direitos Humanos).
O DEM, que deverá apoiar a reeleição de Marquinhos, dobrou a bancada. Os democratas tinham apenas Vinicius Siqueira e ganhou Dr. Eduardo Cury, que foi eleito pelo Solidariedade. Siqueira iria para o PSL, mas não oficializou a filiação.
O PSB permanece com dois, Carlão e Veterinário Francisco. Mesmo tamanho do Republicanos, com Betinho e Gilmar da Cruz.
Por enquanto, a eleição para prefeito da Capital conta com os seguintes nomes: Marquinhos Trad, o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli (SD), os deputados estaduais Capitão Contar (PSL), Márcio Fernandes (MDB) e Pedro Kemp (PT), Esacheu Nascimento (PP), Sérgio Harfouche (Avante), o ex-vereador Marcelo Bluma (PV), o advogado Mário Fonseca (PCdoB) e Luso Queiroz (PSOL).
O deputado estadual Coronel David conseguiu autorização da Justiça Eleitoral para deixar o PSL. Ele queria se filiar no Aliança pelo Brasil, mas o novo partido de Jair Bolsonaro não conseguiu ser criado a tempo das eleições deste ano.