O Ministério da Saúde e governadores brasileiros já admitem a recomendação do uso de máscaras mesmo para quem não apresentar sintomas de covid-19. Utilizar essa forma de proteção individual como forma de prevenção em pessoas saudáveis foi inicialmente descartado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que manteve a orientação do acessório a profissionais de saúde e doentes. Para infectados, a utilização da máscara é considerada uma forma de reduzir a propagação do vírus pelas gotículas respiratórias.
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As restrições, contudo, estão mudando e há países que sugerem o uso da máscara para toda a população não apenas como forma de prevenção, mas também como reconhecimento de que há pessoas infectadas e não sabem. Ou seja, usar máscaras é mais uma forma de evitar a propagação de vírus por pessoas assintomáticas ou não diagnosticadas, como o reforço da higienize nas mãos.
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Esse reforço de proteção já é aplicado de maneira compulsória pela Coreia do Sul, Taiwan, China e Áustria. Exigências semelhantes passam por avaliação dos serviços de saúde de Alemanha e Estados Unidos. Nos países asiáticos, o uso da máscara de proteção integra a cultura dos cidadãos e há situações, como na Coreia do Sul, em que há programas públicos de distribuição. Nesses locais, tossir e espirrar sem o uso da máscara é considerado ofensivo e, por isso, a máscara é considerada uma proteção aos demais. Esse costume seria uma das explicações para a redução da transmissão do coronavírus, situação diferente da vivida pelos países ocidentais.
Para a maioria dos países, contudo, ainda que a observação seja válida, a quantidade de máscaras é limitada, praticamente não é encontrada no mercado em consequência do elevado número de casos oficiais da doença, com 920, 9 mil infectados até o d dia de abril. Há campanhas na internet que sugerem às pessoas não comprarem as máscaras de uso médico e deixar os equipamentos para profissionais de saúde.
Para contribuir com a não disseminação, uma das recomendações é o uso de máscaras de pano e reutilizáveis. De fato, tais máscaras não são adequadas para o ambiente hospitalar, mas contribuem para evitar a disseminação da doença por quem não sabe que está doente ou não tem sintomas.
Por conta dessa avaliação, o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA, avalia a recomendação do uso de tais máscaras pelo público em geral para atividades simples, como ir ao supermercado. A discussão, publicada pelo jornal Washington Post, indica que as autoridades sanitárias norte-americanas buscam todos os meios, mesmo os mínimos, para achatar a curva de propagação da doença, diagnosticada oficialmente em 207,6 mil pacientes.
Recomendações sobre o uso comunitário de máscaras em toda a população também são avaliadas pela Alemanha, onde, segundo a Deutsche Welle, foram renovadas as medidas de distanciamento físico da população até o dia 19 de abril, quando terminam as férias escolares. Por enquanto, o governo alemão não impôs, mas não descarta a medida, diante das 76,5 mil infecções por covid-19 registradas
No dia 11 de março, a OMS reconheceu como pandemia o surto de covid-19 registrado em uma província chinesa. Desde então, 920,9 mil pessoas foram infectadas e 46,1 mil morreram, uma delas no Mato Grosso do Sul.