Mato Grosso do Sul está com 90,8% dos leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados – a pior taxa no País, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Para enfrentar a pandemia do coronavírus, a rede pública precisar criar, em regime de urgência, 129 vagas para tratamento intensivista e 1.1234 na enfermaria, conforme levantamento divulgado pelo jornal O Globo.
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A situação mostra a importância do isolamento social, que vem sendo afrouxado por algumas prefeituras, mas é considerado a única forma eficiente de conter a Covid-19. Boletim da Secretaria Estadual de Saúde aponta 36 casos confirmados em seis municípios: Batayporã (2), Campo Grande (29), Dourados (2), Ponta Porã (1), Sidrolândia (1) e Rio Verde do Mato Grosso (1).
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Devido à virulência e a rapidez da propagação do vírus no mundo – com 745,4 mil casos confirmados e 35,3 mil mortes – o Ministério da Saúde segue as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) e tenta preparar o País para atender os prováveis infectados e reduzir a mortalidade.
De acordo com O Globo, o Brasil possui ou está preparando 11,4 mil leitos de UTI. Dos existentes no País, 78% estão ocupados e o déficit nacional é de 1.623 vagas em UTI. A situação só é considerada boa em 11 dos 27 estados brasileiros, onde o número de respiradores será suficiente para atender a provável demanda causada pela Covid-19.
Infelizmente, conforme o estudo, os hospitais públicos e credenciados do SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul não possuem leitos de UTI suficientes. O ministério informou que 90,8% dos leitos de UTI no Estado estão ocupados – a pior situação no Brasil. O índice também é alto no Paraná (90%) e Minas Gerais (88,5%).
O Ministério da Saúde estima que serão necessários 316 leitos de UTI no SUS no Estado. Mesmo com a criação dos novos leitos, ainda deverá faltar 129 vagas.
O Governo federal também estima que serão necessários 1.531 leitos em enfermaria para atender prováveis pacientes da Covid-19 em MS, mas a rede só dispõe de 408 vagas. Em caso de se confirmar o prognóstico, 1,1 mil doentes vão precisar ser alocados em locais improvisados.
Ao Campo Grande News, a Secretaria Estadual de Saúde informou que existe um ventilador pulmonar para cada grupo de 2.640 moradores, considerado melhor que a média nacional, de um para 3,5 mil. O cálculo inclui 25 respiradores entregues na manhã de hoje no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, referência no tratamento da doença, e outros 25 em aquisição.