O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) investiga o roubo do cofre da casa de um empreiteiro no Residencial Damha I. O furto assombra o condomínio de luxo, que é famoso por abrigar empresários, políticos, endinheirados, promotores, delegados e juízes. A polícia suspeita que os bandidos teriam usado até drones no furto.
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De acordo com comunicado do condomínio, os ladrões agiram das 19h09 às 19h32 de sábado (8), acessaram o local pela mata de frente para o alvo e invadiram a mansão sem deixar vestígios de arrombamento. Não houve arrombamento de outra residência nem acesso a outro local.
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O alvo dos bandidos era a casa do empresário André Luiz dos Santos, conhecido como André Patrola, e dono da construtora A.L. dos Santos, que tem contratos de milhões com o poder público. Ele também é réu na Justiça por improbidade administrativa no suposto esquema liderado pelo ex-secretário municipal de Finanças e Planejamento de Campo Grande e procurador da Câmara Municipal, André Luiz Scaff.
De acordo com o delegado Fábio Peró, titular do Garras, os bandidos levaram cofre da residência, perfumes do empresário, tênis e joias da sua esposa. “Era um cofre pequeno”, comentou.
Peró explicou que a delegacia assumiu a investigação porque ele acabou sendo acionado por um amigo do furto. O delegado reside no Damha 2, onde já ocorreu um furto. No entanto, o ladrão usou um amigo, que namorava uma moradora, para acessar o condomínio e praticar o crime.
Na véspera do Ano Novo, por volta das 21h do dia 31 de dezembro do ano passado, ocorreu um roubo semelhante. Bandidos cortaram a cerca lateral da rodovia e acessaram uma residência do Damha 3. Na ocasião, eles teriam levado cofre, joias e tênis. Este caso é investigado pela Derf (Delegacia de Roubos e Furtos).
Moradores do Damha I ficaram espantados com a falha na segurança do residencial, que tem cerca elétrica e ronda constante da segurança. O acesso à casa de André Patrola, conforme informações extraoficiais, teria ocorrido logo após a segurança passar pelo local. O empresário estava em uma festa e só teria retornado às 20h.
O Residencial Damha se consagrou como enderenço de políticos e empresários. O condomínio de luxo ganhou notoriedade após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão da Operação Lama Asfáltica na mansão cinematográfica do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, condenado a nove anos e dez meses.
O ex-ministro da Secretaria de Governo e atual conselheiro da Itaipu Binacional, Carlos Marun, reside no local. Na época da reforma da previdência, trabalhadores fizeram protesto na frente do local.
Ex-prefeito de Campo Grande e senador da República, Nelsinho Trad (PSD), passou a morar no condomínio. O ex-prefeito Gilmar Olarte comprou lotes e pretendia construir uma mansão no condomínio, que acabou ficando inacabada após o Gaeco descobrir o esquema de desvio de dinheiro da prefeitura e a lavagem de R$ 3,4 milhões em imóveis.