Marquinhos Trad (PSD) cumpriu 71,1% das 45 promessas feitas na campanha eleitoral de 2016 e ficou em 2º lugar no ranking entre os 26 prefeitos de capitais elaborado pelo G1, site da Globo. O primeiro colocado foi Nelson Marchezan (PSDB), de Porto Alegre (RS), que tirou do papel 75% dos compromissos feitos na eleição. No geral, só 39% das 1.040 promessas feitas pelos prefeitos foram cumpridas no País.
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O levantamento “As promessas dos Políticos” do G1 se tornou referência ao adotar o mesmo critério para avaliar os governadores e o presidente da República. Reinaldo Azambuja (PSDB) ganhou destaque ao ser considero o 3º pior governador do País no cumprimento de promessas no início de 2018. Na época, conforme o site, ele só tinha cumprido 52% das propostas feitas em 2014.
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O prefeito de Campo Grande se contrapõe ao tucano ao obter o segundo maior percentual no cumprimento de promessas. Dos 45 compromissos feitos para ser eleito há quatro anos, Marquinhos tirou 32 do papel (veja aqui).
Ele prometeu criar de 3 mil a 3,5 mil novas vagas na educação infantil. De acordo com o G1, o número de vagas nas escolas de educação infantil passou de 14.967 para 18.676 em três anos. Outra promessa cumprida foi a criação de 399 novos abrigos para os passageiros nos pontos de ônibus.
Outro projeto cumprido foi o Cidade Inteligente, que ampliou em 500% a rede de fibra ótica no município, que passou de 23.150 para 156.250 metros, melhorando o sistema de informática de órgãos públicos.
Trad cumpriu a promessa de criar incentivos aos produtores rurais. Segundo o G1, a prefeitura criou a Rota do Sabor, para beneficiar os agricultores da Chácara das Mansões, e a Dinâmica da Mandioca.
Veja os prefeitos com mais de 50%
Percentual | Capital | Prefeito | Promessas | Cumpridas |
75% | Porto Alegre (RS) | Nelson Marchezan (PSDB) | 16 | 12 |
71,10% | Campo Grande (MS) | Marquinhos Trad (PSD) | 45 | 32 |
61,29% | Florianópolis (SC) | Gean Loureiro (MDB) | 31 | 19 |
59,25% | Rio Branco (AC) | Marcus Alexandre (PT) e Socorro Nei (PSB) | 54 | 32 |
55, 55% | Curitiba (PR) | Rafael Greca (DEM) | 18 | 10 |
52,38% | Macapá (RR) | Clécio Luís (PSOL) | 42 | 22 |
50% | Cuiabá (MT) | Emanuel Pinheiro (MDB) | 18 | 9 |
Fonte: G1 |
Em parte, quatro promessas foram cumpridas. O destaque foi a promessa de definir valor justo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e acabar com a cobrança de tarifa mínima de 10 metros cúbicos pelo consumo de água. Ele acabou com a tarifa mínima de água, mas houve a criação de uma taxa fixa de R$ 12. O IPTU não teve revisão, mas o valor vem sendo corrigido apenas pela inflação.
Nove promessas não foram cumpridas, como a que previa a construção de albergue para moradores de rua, a Nota Fiscal Morena, a criação da Secretaria para Pessoas com Deficiência e concurso na área da educação.
O prefeito não cumpriu a promessa de congelar a tarifa do transporte coletivo. Logo após o Natal, ele autorizou o reajuste anual e a passagem passou de R$ 3,98 para R$ 4,10. Marquinhos justificou que é obrigado a cumprir o contrato de concessão, que prevê reajuste anual.
Outra promessa que continua no papel é a revitalização do prédio da antiga Estação Rodoviária de Campo Grande. No entanto, o primeiro passo para cumpri-la foi dado com a destinação de R$ 15 milhões para iniciar a reforma, uma reivindicação antiga dos moradores do Bairro Amambai.
Em números absolutos (32), Marquinhos empatou em primeiro lugar com Rio Branco, que teve dois prefeitos, Marcus Vinícius (PT) e Socorro Nei (PSB), com 32 das 54 propostas cumpridas. Só sete prefeitos de capitais conseguiram cumprir mais da metade das promessas feitas na campanha eleitoral.
O levantamento é feito pelo G1 e o eleitor pode questionar, principalmente, porque as promessas elencadas foram identificadas com base nas entrevistas e não no programa de Governo registrado na Justiça Eleitoral.