O prefeito Marquinhos Trad (PSD) autorizou reajuste de 3,79% na tarifa do transporte coletivo urbano de Campo Grande a partir deste sábado (28). O reajuste de fim de ano elevará o valor da passagem de ônibus de R$ 3,95 para R$ 4,10 e garantirá acréscimo de R$ 6,269 milhões no faturamento do Consórcio Guaicurus, formado pelas empresas Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Viação Campo Grande.
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O aumento foi aprovado pelo conselho da Agereg (Agência Municipal de Regulação) e cumpre o contrato, que prevê reajuste anual. O último reajuste ocorreu no dia 3 de dezembro do ano passado, quando o valor passou de R$ 3,70 para R$ 3,95.
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A partir de amanhã, a tarifa do coletivo convencional passou para R$ 4,10, enquanto o valor a ser pago pelos passageiros dos executivos, que já foram conhecidos como “fresquinhos”, será de R$ 4,90.
Em sete datas especiais (Dia do Trabalho, das Mães, dos Pais, Aniversário de Campo Grande, Finados, Natal e Ano Novo), a tarifa social representará 40% do valor convencional: R$ 1,65.
Na semana passada, o prefeito justificou o decreto publicado nesta sexta-feira (27). “Não vai ter aumento, pode ser que haja o reajuste previsto no contrato. Campo Grande tem um prefeito com palavra, o que disse antes vai ser honrado”, afirmou, conforme registro feito pelo Campo Grande News.
“Se fugir a regra, o Consórcio (Guaicurus) vai a Justiça, que pode determinar o reajuste retroativo, o que seria um prejuízo para cidade”, justificou-se.
Com o aumento de 3,79% na tarifa do transporte coletivo, o faturamento do consórcio Guaicurus terá acréscimo de R$ 522,4 mil por dia – R$ 6,269 milhões por ano. Em setembro, de acordo com a prefeitura, as quatro empresas da família Constantino faturaram R$ 13,789 milhões. O valor mensal poderá chegar a R$ 14,3 milhões. O faturamento anual deverá atingir R$ 171,7 milhões.
O encarecimento da passagem deverá elevar a queixa dos usuários, que reclamam de falta de veículos, da superlotação e da precariedade na prestação do serviço. Nos últimos meses, jornais e sites passaram a noticiar com mais frequência panes e problemas mecânicos nos veículos, que acabam deixando os passageiros a pé no meio do caminho.
O consórcio admite a demora nas viagens, mas prevê o fim do problema apenas com a implantação dos corredores do transporte coletivo. Atualmente, a prefeitura realiza as obras na Avenida Bandeirantes.
O primeiro corredor seria o sudoeste, mas o Exército desistiu de dois terços da obra no meio do caminho e até hoje não concluiu a obra da Rua Brilhante. O município vem licitando as outras fases do programa e a expectativa é de que os corredores só sejam concluídos na próxima gestão.