Por 20 votos a favor e cinco contra, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, na sessão desta terça-feira (11), o reajuste de 4,17% nos salários do primeiro escalão da prefeitura. O subsídio do prefeito Marquinhos Trad (PSD) passa dos atuais R$ 20.412,42 para R$ 21.263,61. A medida beneficiará os auditores fiscais e procuradores, que recebem até R$ 112,9 mil, mas acabam recebendo menos por causa do teto constitucional.
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A proposta elevará o salário da vice-prefeita Adriane Lopes (Patri) dos atuais R$ 15.308,66 para R$ 15.947,03. O subsídio do secretário municipal passa de R$ 11.619,70 para R$ 12.104,24. A proposta. O vencimento dos subsecretários
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O projeto não teve o aval dos vereadores André Salineiro e Dr. Lívio, ambos do PSDB, Vinícius Siqueira (DEM), Dr. Loester e Dr. Wilson Sami, do MDB. De acordo com o Correio do Estado, Lívio tentou convencer os demais colegas a não aprovar o aumento em decorrência da crise financeira enfrentada pelo município.
O líder do prefeito, Chiquinho Telles (PSD), disse que algumas categorias, como os auditores fiscais, dependem do reajuste no salário do prefeito para terem aumento nos vencimentos. Conforme o Portal da Transparência, o salário desta categoria oscilou entre R$ 25,2 mil e R$ 53,9 mil no mês passado.
O maior valor foi pago a Mario Cesar Oliveira da Fonseca, que já foi presidente da Câmara Municipal de Campo Grande. O ex-vereador é auditor fiscal e teve vencimento bruto de R$ 112.290,42 em outubro deste ano, mas que acabou reduzido em decorrência do teto constitucional.
O projeto de lei propondo o reajuste dos agentes políticos foi proposto pela Mesa Diretora após ofício de Marquinhos Trad solicitando a correção. O aumento é semelhante ao proposto aos demais servidores municipais e ocorrerá em duas parcelas, sendo 1% retroativo a 1º de outubro e outros 3,1386% em dezembro deste ano.
Marquinhos Trad teve, pelo menos, mais sensibilidade do que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Com o patrimônio em mais de R$ 38 milhões, o tucano elevou o próprio salário em 16,37%, de R$ 30,4 mil para R$ 35,4 mil, enquanto congelou os salários dos 75 mil servidores públicos estaduais sem cargos em comissão.
Confira como votaram os vereadores
A favor do reajuste |
Delegado Wellington (PSDB) |
Dharleng Campos (PP) |
Cazuza (PP) |
Valdir Gomes (PP) |
Júnior Longo (PSB) |
Carlão (PSB) |
Veterinário Francisco (PSB) |
Ademir Santana (PDT) |
Odilon Júnior (PDT) |
Chiquinho Telles (PSD) |
Dr. Antônio Cruz (PSDB) |
Gilmar da Cruz (Republicanos) |
Betinho (Republicanos) |
Pastor Jeremias Flores (Avante) |
Willian Maksoud (PMN) |
Enfermeira Cida Amaral (PROS) |
Ayrton Araújo (PT) |
Otávio Trad (PTB) |
Eduardo Romero (Rede) |
João César Matogrosso (PSDB) |
Contra o aumento |
André Salineiro (PSDB) |
Dr. Lívio (PSDB) |
Dr. Loester (MDB) |
Dr. Wilson Sami (MDB) |
Ausentes |
Enfermeiro Fritz (PSD) |
Papy (SD) |
Dr. Eduardo Cury (sem partido) |
Com informações do jornal Correio do Estado
O levantamento foi feito pelo jornal Correio do Estado (veja aqui) e não constou o vereador João César Matogrosso (PSDB).
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