O Ranking Políticos mostra que os salários dos funcionários dos três senadores de Mato Grosso do Sul custam R$ 1,2 milhão por mês aos cofres públicos. A equipe do senador Nelsinho Trad (PSD) é a mais numerosa no Estado e responde por 48,8% do total gasto com pagamento de remunerações e gratificações de servidores comissionados e efetivos.
[adrotate group=”3″]
Ex-prefeito da Capital por dois mandatos, ex-vereador e ex-deputado estadual, Nelsinho está no primeiro mandato de senador e cogita ser candidato a governador nas eleições de 2020. Ele conta com 62 assessores pagos pelo contribuinte, uma das maiores equipes do Senado Federal.
Veja mais:
Nelsinho monta megaequipe com 57 servidores, a 4ª maior entre os 81 senadores
Nelsinho pagou R$ 2,2 milhões para desbloquear bens e sentença no TJ, diz documento
Desembargador abre mão de sigilos e pede para CNJ e STJ apurar suposta venda de sentença
De acordo com o levantamento divulgado pelo Poder 360, os 81 senadores contam com 3.017 funcionários, que custam R$ 32 milhões por mês. O custo anual supera R$ 415 milhões. Os três senadores de Mato Grosso do Sul contam com 111 funcionários, que custam R$ 1,222 milhão por mês. Só os assessores da bancada sul-mato-grossense vão custar R$ 15,8 milhões por ano.
Nelsinho Trad conta com 62 assessores no gabinete e nos escritórios em Campo Grande e no interior, cujos salários somam R$ 596,4 mil por mês. Este é o 5º maior gasto com funcionários entre os 81 senadores e supera até a equipe do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PROS), que custa R$ 583,4 mil ao contribuinte.
O senador responde por 48,8% do gasto da equipe no Estado. Em segundo lugar está o gasto com a equipe da senadora Simone Tebet (MDB), que conta com 23 assessores. Os salários da equipe da emedebista somam R$ 341,6 mil por mês.
O menor gasto é da equipe de 26 servidores da senadora Soraya Thronicke (PSL), cuja folha de pagamento totaliza R$ 284 mil por mês.
O maior gasto com assessores entre os 81 senadores é do senador Izalci Lucas (PSDB/DF), que consome R$ 736,9 mil por mês. O menor é do senador Reguffe (Podemos), que possui oito assessores, que recebem R$ 77,3 mil por mês.
Além de Izalci, Nelsinho só é superado pelas equipes de Renan Calheiros (MDB), com R$ 693,5 mil, Roberto Rocha (MDB/MA), com R$ 685,7 mil, e Eduardo Gomes (MDB/TO), com R$ 648,9 mil.
Segundo pesquisa da União Interparlamentar de 2018, cada um dos 513 deputados federais e dos 81 senadores brasileiros custa mais de US$ 7,4 milhões (R$ 31,8 milhões) por ano aos cofres públicos. O Congresso Nacional é o 2º mais caro no mundo, só perde para os Estados Unidos (US$ 9,5 milhões).
O custo anual do parlamentar argentino é de US$ 1,9 milhão, enquanto no México fica em US$ 1,7 milhão. Na Europa, o custo na Alemanha é de US$ 1,1 milhão, enquanto no Reino Unido custa US$ 360 mil.
O mais grave é que o brasileiro sofre na pele a falta de recurso do poder público, como graves deficiências na saúde, educação, segurança e infraestrutura. No entanto, o parlamento vive no primeiro mundo.