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    Aos 42 anos, economia de MS perde “fôlego” com crise e piora na infraestrutura

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt11/10/20196 Mins Read
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    Estado superou o binômio soja-boi, mas continua dependente de produtos primários, sem agregar valor (Foto: Arquivo)

    A economia de Mato Grosso do Sul deve superar R$ 100 bilhões, mas perdeu o “fôlego” e não registra taxa de crescimento acima de dois dígitos há quase dez anos. Previsão do Governo do Estado aponta para evolução do PIB (Produto Interno Bruto) sul-mato-grossense abaixo da inflação até 2023, quando poderá superar R$ 140 bilhões.

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    O desenvolvimento praticamente travou com a crise econômica sem fim iniciada em 2015. O quadro é agravado com a piora na oferta da infraestrutura, como desativação quase total do transporte ferroviário e não duplicação total da BR-163, como estava previsto em 2014.

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    A dificuldade da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) em manter o equilíbrio nas finanças estaduais complica o cenário, porque deixa o Estado menos atrativo para investidores. A melhora nos indicadores sociais, como educação, saúde e segurança, poderia tornar MS mais competitivo no atual contexto, onde todas as unidades da federação passam por sufoco.

    A evolução do PIB

    AnoTaxa de crescimento
    20036,51%
    2004-0,75%
    20052,57%
    20065,71%
    20074,73%
    20085,34%
    20090,73%
    201011,70%
    20113,45%
    20126%
    20136,60%
    20142,62%
    2015-0,27%
    2016-2,66%
    2017 *2,62%
    2018*2,48%
    2019*1,90%
    2020*2,34%
    2021*2,24%
    2022*2,16%
    2023*2,24%
    Fonte: Semagro (*) projeção

    De acordo com a Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), há seis anos, o PIB de MS cresce abaixo da inflação. A expectativa é de que a economia sul-mato-grossense cresça 1,90% neste ano, contra inflação de 4,25%.

    O índice será inferior ao do ano passado, quando o crescimento foi de 2,48%. Os números mostram que o “milagre econômico” de Mato Grosso do Sul ficou no passado. O PIB teve crescimento de 11,7% em 2010, ainda na gestão de André Puccinelli (MDB). Ainda na gestão do emedebista foram registrados 6% em 2012 e 6,6% em 2013.

    A expectativa é de que o Estado tenha a década perdida entre 2014 e 2023, com a economia oscilando entre a queda de 2,66% em 2016 ao crescimento pífio de 2,62% em 2017. A taxa vai oscilar entre 1,9% neste ano até 2,24% em 2023.

    Dificuldade de tucano em manter equilíbrio das contas públicas não ajuda MS a superar estagnação (Foto: Chico Ribeiro)

    A principal causa da queda é o atual modelo econômico sul-mato-grossense, dependente da exportação de produtos primários, na avaliação do economista e professor da FACSUL, Eugênio Pavão. MS saiu do binômio soja-boi, mas continua sem agregar valor, concentrado no minério de ferro, grãos e celulose.

    Especialista em comércio exterior e administrador, Aldo Barrigosse, pontua que houve impacto da queda nos preços mundiais das commodities. Ele cita como exemplo a arroba do boi, que só agora está recuperando preço registrado em 2012. Além disso, a economia brasileira e mundial está em recuperação muito lenta.

    A logística de transporte teve retrocesso muito grande no Estado. Símbolo de desenvolvimento, a ferrovia, que impulsionou a economia e ajudou no surgimento de várias cidades, está totalmente sucateada. De acordo com o Campo Grande News, os trens andam mais devagar do que uma bicicleta.

    Para Barrigosse, a ferrovia obsoleta impede a redução dos custos no transporte dos produtos. Ao Campo Grande News, ele calculou que o custo do transporte é seis vezes superior ao dos Estados Unidos, onde se gasta 5,6%, enquanto em MS atinge o absurdo índice de 30%. “É um meio de transporte bem mais barato do que os outros e o seu produto fica mais competitivo. O setor produtivo tem o maior interesse de que a ferrovia volte a funcionar em plenas condições”, avaliou.

    Indústria de celulose cresce fora dos trilhos, mas desenvolvimento fica restrito a uma região (Foto: Arquivo)

    Pavão tem outro entendimento. O economista afirmou que a ferrovia se tornou inviável ao ficar deficitária e ficar menos atrativa para o setor produtivo.

    Outro problema é o sonho engavetado de se duplicar a BR-163, principal rodovia federal no Estado. A privatização da estrada acabou encarecendo o transporte, porque passou a se cobrar pedágio, mas sem oferecer a melhoria de fato no transporte rodoviário. O Governo do Estado começou a tirar do papel a concessão de rodovias estaduais, mas a primeira proposta, da MS-306, também não prevê duplicação.

    O turismo poderia ser a esperança para gerar empregos e impulsionar a economia. No entanto, o meio ambiente, principal cartão postal de Mato Grosso do Sul, sofre consecutivos sobressaltos.

    No ano passado, com aval do Governo, a Justiça autorizou o desmatamento de mais de 20,5 mil hectares no Pantanal, considerado patrimônio natural da humanidade. Bonito, o xodó do ecoturismo, passou a conviver com o drama das águas turvas, reflexo do avanço do cultivo de soja e de outros ataques ao meio ambiente.

    O Parque Nacional da Serra da Bodoquena corre risco de perder 80% da área, porque o Governo federal, após duas décadas, não conseguiu indenizar os proprietários rurais para explorar a área de conservação.

    Estação Ferroviária no Indubrasil é o retrato do que sobrou do trem de passageiros e pode ser o futuro da ferrovia no Estado, onde o trem é mais lento que uma bicicleta (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

    O Aquário do Pantanal passou da condição de esperança de redenção do turismo na Capital para monumento da corrupção. Prevista para custar R$ 84 milhões, a obra segue inacabada apesar de já ter recebido mais de R$ 230 milhões em investimentos.

    Eugênio Pavão e Aldo Barrigosse recomendam investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia para reverter o quadro de estagnação econômica do Estado. É um projeto de longo prazo, mas que precisa ter início com urgência.

    “Só com pesquisa para que o Mato Grosso do Sul volte a crescer em maior velocidade e se desenvolver mais”, conclui o administrador.

    O economista destaca que o Estado está ficando de fora da nova economia ao não apostar em ciência e tecnologia. “Não tem patente registrada no Estado”, lamenta Pavão, destacando que muitos cientistas acabam encontrando apoio e acolhida em outros estados brasileiros.

    Reeleito com 677 mil votos no ano passado, Reinaldo prometeu, na campanha, investir em parcerias público-privadas, como a das rodovias, na rota bioceânica e na ferrovia Transamericana. Atualmente, outro projeto é da Rumo Logística, que aguarda aval do Tribunal de Contas da União para investir na recuperação dos trilhos.

    Pavão destaca que a famosa rota bioceânica, um sonho martelado desde a gestão de Zeca do PT, pode encurtar distâncias e ampliar venda de produtos de MS para a China, o potente asiático que já responde por quase metade das exportações sul-mato-grossenses.

    Ecoturismo ameaçado: águas turvas viram pesadelo para os rios cristalinos em Bonito(Foto: Arquivo)

    aldo barrigosse desenvolvimento regional ECONOMIA eugênio pavão MS 42 anos pib

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