A militância do PT ainda sente o impacto das denúncias de corrupção e não se empolgou com a eleição interna. Com menos votantes em relação a 2017 e com a participação de apenas 5,05% dos filiados, o partido reelegeu o atual presidente do diretório municipal em Campo Grande, Agamenon Rodrigues do Prado.
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Neste domingo, somente 684 petistas participaram da eleição na Capital. Em relação ao último pleito, quando houve a participação de 894, houve queda de 23% no número de eleitores. Eles representam 5,05% dos 13.526 filiados no município.
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Com o apoio do presidente regional da sigla, o ex-governador Zeca do PT, e do deputado estadual Cabo Almi, Agamenon foi reeleito com 62% dos votos (426), contra 109 do ex-BBB Renato Ilmar Mamão e 103 da professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Mariuza Guimarães.
Os dois candidatos de oposição defendiam mudança na estratégia do PT e na condução do diretório para as eleições de 2020. O objetivo era oxigenar a legenda, abalada pelos escândalos de corrupção e pela “campanha difamatória” da mídia, da qual se apresenta como vítima.
A missão para reverter o desempenho do PT na Cidade Morena, depois de ter o pior desempenho da história na disputa da prefeitura em 2016, caberá a Agamenon, marcado pelo “Escândalo do FAT”. Ele era secretário estadual de Trabalho e Emprego na gestão de Zeca do PT, quando acabou sendo demitido após a denúncia de desvios nos recursos destinados pelo FAT para a formação e qualificação profissional de trabalhadores.
A baixa participação de petistas na eleição interna não desanimou o presidente municipal. Em entrevista ao Campo Grande News e ao Midiamax, ele prevê candidato próprio na disputa pela sucessão de Marquinhos Trad (PSD).
De acordo com o dirigente, o partido possui três pré-candidatos: Zeca do PT e os deputados estaduais Cabo Almi e Pedro Kemp. “São três pré-candidatos, até lá vamos travar um debate interno para escolher o melhor nome”, afirmou, segundo o Campo Grande.
Ele disse que o PT conta com 43 pré-candidatos a vereador. A estratégia é sair com chapa pura completa com a missão de voltar aos bons tempos, quando o Partido dos Trabalhadores tinha quatro vereadores na Capital. Atualmente, a sigla só tem o vereador Ayrton Araújo (PT).
Com o desgaste do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o petista pretende reforçar a campanha de filiação, principalmente, na periferia.
No Estado, o PT conta com 37.946 filiados.