Em pleno século XXI, dez deputados estaduais votaram a favor do retrocesso e pela proibição do povo na tribuna da Assembleia Legislativa. Só que eles só querem distância do eleitor quando não precisam do voto, porque neste ano não há eleição. Como o brasileiro é famoso pela memória curta, eles vão pedir voto para os aliados.
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A primeira votação do projeto de resolução, que restringe a tribuna aos deputados estaduais, teve o voto favorável dos deputados estaduais ontem (4): Zé Teixeira (DEM), Eduardo Rocha (MDB), Jamilson Name (PDT), Neno Razuk (PTB), Herculano Borges (SD), Lídio Lopes (Patri), Onevan de Matos (PSDB), Rinaldo Modesto, o Professor Rinaldo (PSDB), Gerson Claro (PP) e Márcio Fernandes (MDB).
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Nem tudo está perdido, já que oito parlamentares votaram contra o retorno à idade das trevas, quando o povo não tinha direito a nenhuma participação social: Evander Vendramini (PP), Lucas de Lima (SD), Renato Câmara (MDB), Antônio Vaz (PRB), Pedro Kemp (PT), Renan Contar, o Capitão Contar (PSL), Marçal Filho (PSDB) e João Henrique (PR).
Curiosamente, um dos autores da proposta absurda, Barbosinha (DEM), não participou da votação, conforme o Midiamax. Ele deve temer o desgaste já que pretende pedir votos dos eleitores de Dourados para disputar a sucessão de Délia Razuk (PR).
Neno Razuk deve tentar pedir voto para a mãe, que faz uma gestão considerada péssima e terá muita dificuldade para disputar a reeleição.
Professor Rinaldo vai pedir votos para os eleitores de Campo Grande para a irmã, Rose Modesto (PSDB), que sonha em disputa a prefeitura pela segunda vez. O que será que o tucano dirá os eleitores que tenta banir da tribuna do legislativo em 2020 para votarem em sua irmã?
Já Lídio pretende eleger a mulher, a atual vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patri), como vereadora da Capital no próximo ano. Marquinhos Trad (PSD) deve escolher outro vice para disputar a reeleição.
Lídio e Rinaldo se juntaram com deputados que já foram presos por suspeita de corrupção. Zé Teixeira (DEM) foi preso na Operação Vostok no ano passado e voltou a prestar depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira. Ele é acusado de emitir R$ 1,6 milhão em notas frias para esquentar a propina paga ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Outro que foi preso é Gerson Claro, que deverá ir a julgamento na Operação Antivírus no dia 18 de outubro deste ano. Ele é réu por peculato, organização criminosa, corrupção e fraude em licitação que teriam causado prejuízo de R$ 7,6 milhões ao Detran.
Márcio Fernandes sonha em ser o candidato a prefeito de Campo Grande pelo MDB. Como mostra desprezo pelo eleitorado desde já, o parlamentar já deve ter chegado a conclusão que não tem nem estatura para disputar cargo no executivo.
O curioso é que pelo menos seis deputados não participaram da votação, que inclui o presidente, Paulo Corrêa (PSDB), um dos principais defensores da mudança para tirar o povo do púlpito.
O eleitor deve guardar o nome dos deputados que o rejeitam hoje para dar o troco em seus aliados e nos próprios em 2020. Anotem para não passar recibo de idiota.
Anotem os nomes desses deputados
Zé Teixeira (DEM) |
Eduardo Rocha (MDB) |
Jamilson Name (PDT) |
Neno Razuk (PTB) |
Herculano Borges (SD) |
Lídio Lopes (Patri) |
Onevan de Matos (PSDB) |
Professor Rinaldo (PSDB) |
Gerson Claro (PP) |
Márcio Fernandes (MDB) |