O MPE (Ministério Público Estadual) denunciou, nesta quarta-feira (10), o pecuarista e primeiro suplente de senador Rodolfo Oliveira Nogueira, 44 anos, por ameaça contra a senadora Soraya Thronicke (PSL). O processo tramita no 11º Juizado Especial Criminal de Campo Grande.
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Durante a campanha eleitoral no ano passado, quando era presidente regional do PSL, o produtor rural não gostou da queixa feita à direção nacional da sigla pela então candidata a senadora. Enfurecido, conforme boletim de ocorrência, ele ligou e fez ameaças.
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De acordo com Soraya, o produtor rural teria dito: “Eu vou te avisar, nunca mais passe por cima de mim”. “Escute bem, na próxima vez que você passar por cima de mim, eu acabo com você. Você não sabe do que sou capaz. Eu vou acabar com você. Eu vou arrebentar com você”, teria ameaçado Rodolfo, conforme registro policial.
De acordo com o promotor Ricardo Benito Crepaldi, o suplente de senador deverá responder pelo crime de ameaça e pode ser condenado de seis meses a um ano de prisão e ao pagamento de multa. A denúncia tramita no 11º Juizado Especial de Campo Grande.
O fato ocorreu em setembro do ano passado. Conforme o boletim de ocorrência, no dia 28 de agosto do ano passado, a candidata reclamou da impressão de adesivos pelo candidato a senador Dorival Betini (PMB).
Rodolfo ainda teria autorizado a confecção de material publicitário pelos deputados estaduais e federais do PSL citando os candidatos a senador Nelsinho Trad, na época no PTB, e Marcelo Miglioli (PSDB). Ela argumentou que a estratégia de ligar os três candidatos a Jair Bolsonaro (PSL) lhe causou grande prejuízo.
Como o presidente regional da época não deu atenção, Soraya falou com o presidente nacional em exercício do PSL, Gustavo Bebiano, que ligou para Rodolfo cobrando providências no dia 1º de setembro de 2018.
Em razão disso, ele ligou e ameaçou a senadora. Durante a campanha, Soraya chegou a participar de eventos e carreatas com colete a prova de balas. Ela foi a segunda candidata mais votada e se elegeu, superando políticos consagrados e com melhor estrutura financeira, como Miglioli, o ex-governador Zeca do PT e os ex-senadores Delcídio do Amaral (PTC) e Waldemir Moka (MDB).
A denúncia por ameaça chegou à Justiça em fevereiro e a juíza Simone Nakamatsu chegou a marcar audiência para o dia 16 deste mês, mas o suplente de senador não foi localizado.
Com a denúncia protocolada na quarta pelo promotor, o ex-presidente regional do PSL pode se tornar réu e responder pelas ameaças feitas a titular da vaga durante a campanha do ano passado.
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