Ex-prefeito de Itaporã, Rivalmir Fonseca de Souza transferiu o título eleitoral para Brasília e ganhou destaque nacional ao ser um dos integrantes da megaequipe nomeada pelo senador Izalci Lulcas (PSDB/DF). O contribuinte brasileiro paga 85 assessores para o tucano, que chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Educação pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
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Conforme reportagem do UOL (veja aqui), Izalci gasta R$ 553 mil por mês com os salários dos comissionados. No total, o povo paga R$ 6,6 milhões por ano para ele manter a equipe, a maior entre os 81 senadores.
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Caso fosse uma empresa do ramo de serviços ou comércio, o gabinete do senador seria de médio porte, conforme o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas), esse tamanho teria de 50 a 99 contratados.
O senador Nelsinho Trad (PSD), com 58 funcionários, estaria na mesma condição. Ou seja, o ex-prefeito da Capital conta em Brasília com a mesma estrutura de uma empresa de médio porte, só que bancada pelo contribuinte. O Jacaré tinha noticiado este fato no dia 22 de maio deste ano (veja aqui)
As senadores Simone Tebet (MDB) emprega 22 assessores, enquanto Soraya Thronicke (PSL), 24 pessoas.
O ex-prefeito de Itaporã foi nomeado como assistente parlamentar intermediário de Izalci, o que lhe garante renda de R$ 8,9 mil por mês. De acordo com o UOL, ele prometeu transferir o domicílio eleitoral para o Distrito Federal na festa de aniversário em novembro do ano passado, que contou com a presença do atual chefe.
Na ocasião, ele anunciou que pretende ser candidato a deputado federal nas eleições de 2022. Ao site paulista, ele contou que reside em Brasília desde 2010, onde está com a vida estabelecida. Ele foi secretário adjunto do Trabalho, assessor da Câmara Distrital e assessor em várias campanhas eleitorais.
Ele é irmão gêmeo de Ronaldo Fonseca de Souza, que foi ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República de Michel Temer (MDB) e deputado federal pelo Distrito Federal.
Rivalmir não é o primeiro ex-prefeito de Mato Grosso do Sul a mudar-se para Brasília em busca de emprego público. Ex-prefeito de Jardim, Marcelo Henrique de Mello (PDT), ganhou cargo na Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Ele acabou sendo exonerado após jornais da Capital federal revelarem que tinha sido cassado por compra de votos e estava com os direitos políticos suspensos por oito anos.