A senadora Simone Tebet (MDB) fez questão de registrar o voto para manter o Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) sob o comando do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Apesar de manifestarem publicamente a mesma opinião, os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL) atenderam apelos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e aprovaram a transferência do órgão para o ministro da Economia, Paulo Guedes.
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A conclusão da votação da Medida Provisória 870 foi concluída na noite desta terça-feira (28) pelo Senado. O Governo fez acordo com o Centrão, o PT e os partidos aliados para aprovar a proposta encaminhada pela Câmara dos Deputados sem alteração e manter a reestruturação administrativa, que reduz de 29 para 22 ministérios.
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Após as manifestações de domingo, quando milhares foram às ruas apoiar Bolsonaro e a manutenção do Coaf na pasta de Moro, vários senadores se “sensibilizaram” com as ruas e decidiram alterar a proposta encaminhada pelos deputados. No entanto, como a MP caduca na segunda-feira (3), eventual mudança aprovada pelos senadores deveria ser submetida a nova votação na Câmara até amanhã (30).
Para convencer os senadores, Bolsonaro encaminhou carta defendendo o Coaf no Ministério da Economia. O documento teria a assinatura de Moro e Guedes.
A articulação do Governo convenceu Soraya e Nelsinho a votarem pela transferência do Coaf do Ministério da Justiça para a Economia. O senador do PSD já tinha manifestado esta posição na Comissão Especial, mas prometeu mudar o voto em reunião com Moro na semana passada.
“Ministro Moro me disse: ‘Você não vai errar, retificando o seu voto’. Compartilho com vocês, porque decido pela coerência e avaliação de relatórios, e não por qualquer outros interesses”, anunciou Nelsinho no Twitter na semana passada.
Em outra postagem, ele afirmou: “Moro me disse que houve aumento de 20% das atividades do Coaf na Justiça,to aguardando os números que ele ficou de me apresentar na http://segunda. No 1º voto,estudei o projeto e vi que existe comunicação entre os ministérios e então optei por ñ mexer no que está funcionando”, afirmou.
Após a votação ser concluída pelo Senado, Soraya manifestou-se nas redes sociais. “Nós do PSL no Senado queremos que o COAF fique no Min. da Justiça com o Min Sérgio Moro. Infelizmente o comando da Câmara inviabilizou tudo isso. Cair a MP 870 é grave. Segundo o Presidente, o COAF pode voltar por veto ou por decreto. Depender da Câmara é suicídio”, justificou-se, atirando contra os deputados.
“Foi difícil, mas fizemos o dever de casa. Resiliência foi a palavra do dia”, resumiu Soraya, em duas postagens no Twitter.
No entanto, teve um grupo de senadores que não aceitou a articulação que sacramentou a articulação do Centrão e fez questão de registrar o voto. Para evitar desgaste dos parlamentares na opinião pública, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) articulou para que a votação do destaque sobre o Coaf não fosse nominal.
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