Com apenas dois nomes conhecidos cotados para as eleições de 2020, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e a deputada federal Rose Modesto (PSDB), os outros pré-candidatos fazem ofensiva em busca dos holofotes e para ganharem musculatura eleitoral. O empresário e pecuarista Paulo Matos (DEM) intensificou ações sociais na periferia e apelou ao distribuir flores para as mães em uma escola estadual.
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O democrata pode entrar na mira da Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e propaganda subliminar. A legislação veta durante a campanha até a distribuição de canetas, broches ou qualquer outro tipo de brinde. Nem salgadinho e refrigerante são permitidos nas reuniões.
Na semana passada, Paulo Matos foi flagrado distribuindo vasinhos de flores durante reunião das mães na Escola Estadual Olinda Conceição Teixeira, no Conjunto Buriti, na Capital. Ele entregou o presente e pediu às mulheres que o adicionassem no Facebook e postassem foto na rede social.
Em seguida, o democrata exaltou a família, o amor e Deus, algo parecido ao discurso vitorioso do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O resultado é possível ser conferido na rede social do pré-candidato, com várias mães sorrindo com as flores.
Matos negou que o evento tenha finalidade eleitoral. “Não fiz como pré-candidato”, afirmou. Ele disse que sempre dedicou-se à ação social e deverá realizar novos eventos, como a campanha do agasalho e distribuição de brinquedos no Dia das Crianças. “Nunca coloquei política nisso”, assegurou.
A situação pode ficar ainda mais complicada porque o pré-candidato usou a estrutura de uma escola estadual. Na campanha eleitoral, a Justiça Eleitoral veda a utilização de prédios públicos pelos candidatos a prefeito e vereador.
Para o advogado André Borges, que já foi juiz eleitoral, ao manter esta estratégia, o pré-candidato do DEM poderá entrar na mira do Ministério Público Eleitoral por propaganda antecipada.
Ele pode responder até por abuso de poder econômico, já que a lei proíbe a distribuição de qualquer tipo de brinde em troca de votos.
Matos prometeu analisar o questionamento caso a sua assessoria jurídica chegue a conclusão de que o procedimento é ilegal.
Apesar de nunca ter sido candidato, ele foi presidente da Empresa Municipal de Habitação e assessor da prefeitura nas gestões de Nelsinho Trad (PSD) e Gilmar Olarte. Como pré-candidato, ele conta com o apoio do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Marquinhos intensificou as negociações para obter apoio à reeleição. A principal conquista pode ser o provável apoio do juiz federal Odilon de Oliveira, que deve deixar o PDT e se filiar a legenda próxima do chefe do Executivo.
Sem espaço no PSDB, apesar de ter sido a campeã de votos nas eleições do ano passado, Rose vem articulando para disputar a prefeitura pela segunda vez. Ela pode trocar o ninho tucano pelo Podemos.
O procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC) é outro pré-candidato a prefeito. Ele já vem sinalizando que o discurso será o de combater a velha política, numa alusão ao desgaste da família Trad.
O PSL cogita lançar candidato próprio. O principal nome é o deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar.
O ex-senador Delcídio do Amaral pode ser candidato e cogita trocar o PTC pelo PTB. O MDB estuda lançar a senadora Simone Tebet, que amarelou no ano passado e alegou motivos pessoais para não disputar a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
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