Um dos 36 alvos da Operação Fantoche, que apura prejuízo milionário aos cofres públicos e às entidades do “Sistema S”, Sérgio Marcolino Longen, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, não só apoiou publicamente como foi às ruas para apoiar o combate à corrupção no Brasil.
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Durante os protestos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, a Fiems endossou o movimento verde e amarelo. A entidade ainda divulgou nota de repúdio contra a petista, que estaria prejudicando o desenvolvimento nacional.
urante os protestos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, a Fiems endossou o movimento verde e amarelo. A entidade ainda divulgou nota de repúdio contra a petista, que estaria prejudicando o desenvolvimento nacional.
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“Os fatos políticos denigrem a imagem do Brasil e espantam todos os investimentos”, dizia nota publicada em conjunto pelo sistema produtivo, que incluía a Fecomércio e a Famasul. Na mesma nota, o grupo ressaltava a confiança no Poder Judiciário.
Longen teve os sigilos bancário, fiscal, de dados e telefônico quebrado pelo juiz César Arthur Cavalcante de Carvalho, da 4ª Vara Federal de Recife. O magistrado ainda determinou o bloqueio de contas bancários, imóveis e veículos com valor de mercado acima de R$ 50 mil do presidente da Fiems.
O empresário ainda reforçou as marchas contra a corrupção, que levaram ao impeachment da presidente Dilma. Na ocasião, vestiu a camisa verde amarela e desfilou ao lado do atual presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (PSDB).
O presidente da Fiems sempre apoiou as ações de combate à corrupção do Ministério Público. Uma das campanhas foi contra a venda do voto nas eleições. “Se uma empresa não cumpre as regras, automaticamente deve ser fechada”, defendeu o empresário, ao falar sobre a prática abominável das empresas corruptas.
Conforme a PF, a Operação Fantoche apura um esquema milionário de peculato e desvio de dinheiro por meio de empresas fantasmas e organizações da sociedade civil (OSCIP). Em 17 anos, o esquema teria movimentado R$ 400 milhões, sendo R$ 260 milhões somente entre 2010 e 2017.
A Fiems entrou no radar porque o valor gasto com ações culturais voltadas aos trabalhadores supera o montante destinado por São Paulo, que possui um parque industrial muito maior.
Sobre a Operação Fantoche, Sérgio Longen informou que todos os contratos investigados foram licitados e negou ter cometido desvio.