A Polícia Federal encontrou 6.103 cartilhas estocadas na Editora Planeta Educação, um dos alvos da Operação Aprendiz, realizada na quinta-feira passada (14). Conforme o MPE (Ministério Público Estadual), o suposto esquema causou prejuízo de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos.
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Conduzido pelo promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, o inquérito apura o pagamento de R$ 2,097 milhões pelo Governo do Estado para a editora, que não possuía gráfica e terceirizava a impressão. Seis agências teriam contratado a empresa para imprimir cartilhas de dez campanhas educativas e institucionais, como a de combate a dengue e divulgação da Caravana da Saúde.
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Conforme notas fiscais apreendidas na Operação Toque de Midas II, deflagrada em maio de 2017, a editora pagou R$ 497 mil pela impressão das cartilhas.
Só que além de não ter participado de licitação e de ter superfaturado até 992%, a editora não entregou parte das cartilhas. Policiais federais apreenderam várias caixas com o material. Conforme contagem a PF, 6.103 cartilhas impressas entre julho de 2015 e agosto de 2016 não haviam sido entregues até a semana passada.
O objetivo da Operação Aprendiz é identificar quem seriam os envolvidos no suposto esquema. O único nome citado até o momento foi do secretário especial Sérgio de Paula, chefe do Escritório de Relações Institucionais, que era chefe da Casa Civil na época e assinou os contratos com as agências de publicidade.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) divulgou nota, na quinta-feira, para destacar que a Controladoria-Geral do Estado irá acompanhar o caso e o Governo vai colaborar com as investigações.
A editora não se manifestou sobre a operação até o momento.