A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul apreendeu mais de R$ 880 mil em dinheiro vivo em apartamento na área nobre de São Paulo na manhã desta terça-feira (12). A Operação Dinheiro Vivo mira a rota do dinheiro enviado via terrestre por organizações criminosas para a Bolívia e o Paraguai.
A apreensão de grandes quantidades de reais e dólares vem se tornando rotina no Estado nos últimos anos. Grupos criminosos, tanto do narcotráfico, facções e até formados por políticos, passaram a enviar grandes somas em dinheiro vivo para outros países.
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A operação de hoje começou com a apreensão de 799,5 mil dólares transportados em uma mala por uma boliviana de 32 anos. A mulher foi presa após passar mal dentro do ônibus, que fazia o itinerário de São Paulo a Campo Grande em 15 de outubro do ano passado. Policiais rodoviários federais desconfiaram do peso da mala e tiveram a surpresa ao constatar a fortuna.
Na época da apreensão, feita em Nova Alvorada do Sul, na BR-163, os dólares equivaliam a R$ 3 milhões. A mulher contou que levaria a fortuna para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Ela foi encaminhada para a PF. A investigação resultou na Operação Dinheiro Vivo, deflagrada hoje. Os policiais federais cumpriram o mandato de busca e apreensão determinado pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.
No apartamento localizado no Bairro de Higienópolis, área nobre da capital paulista, os policiais encontraram R$ 883.578 em dinheiro vivo. A cena foi semelhante a fortuna depositada em um apartamento de Salvador (BA) pelo ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (MDB). Ele tinha R$ 51 milhões acondicionados em caixas e malas.
A PF de MS prendeu três pessoas – dois homens e uma mulher – e apreendeu dois veículos, um Fox e GM Colbat, ambos do ano de 2018.
Agora, a investigação vai focar para descobrir em qual atividade criminosa era utilizada o dinheiro.
Uma das principais metas do atual superintendente, Cleo Mazzotti, é acabar com o poder financeiro e econômico das organizações criminosas.