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    Condenado, chefe da “Máfia do Cigarro” dizia ter mais dinheiro do que André Puccinelli

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt04/02/20195 Mins Read
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    Mansão no Jardim dos Estados, cedida para a Secretaria Municipal de Segurança Pública, foi um dos imóveis sequestrados na Operação Bola de Fogo e que deverá ser devolvida à família Garcete (Foto: Arquivo)

    Condenado a 21 anos e sete meses de prisão por ser liderar uma das organizações criminosas na fronteira, o empresário Hyran Georges Delgado Garcete se gabava de não ter medo e de ter mais dinheiro do que André Puccinelli (MDB). O ex-governador de Mato Grosso do Sul é investigado e já foi preso acusado de ser um dos chefes do grupo criminoso investigado na Operação Lama Asfáltica.

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    As bravatas de Garcete foram flagradas em interceptações telefônicas da Operação Bola de Fogo, da Polícia Federal e desmontou o maior esquema de contrabando de cigarros do País em maio de 2006. Na ocasião, 111 pessoas foram presas e acusadas de sonegar mais de R$ 800 milhões aos cofres públicos.

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    A comparação feita com o emedebista foi citada na sentença de 140 páginas, publicada na sexta-feira (1º), pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande. Além do líder, o magistrado condenou a mãe, irmã, esposa, sogro, sogra, cunhado e advogado por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

    Na interceptação telefônica, Garcete reclama do seu advogado, Félix Jayme Nunes da Cunha, que acabou condenado a três anos em regime aberto. Ele também fazia a defesa de Puccinelli, que na época tinha acabado de deixar o cargo de prefeito da Capital.

    “Tenho muito mais dinheiro que o ANDRÉ”, disse o empresário. Na mesma conversa, ele deixa claro que é dono de casa de câmbio no Paraguai. “Vou mandar pegar dinheiro para quitar todas as dívidas, mas hoje não dá mais porque a casa de câmbio está fechada”, afirmou.

    “Constata-se também que HYRAN realiza operações de câmbio clandestinas através de Casas de Câmbio paraguaias, remetendo dinheiro não declarado do país vizinho para pagamento de contas no Brasil”, observou o juiz.

    Em conversa gravada, Edmilson Dias da Silveira, condenado a quatro anos em regime aberto, e o chefe da organização conversam sobre a ida do advogado a São Paulo. “Não estou precisando de padrinho, sei me virar muito bem”, ressaltou, menosprezando o empenho do advogado em livrá-los das denúncias.

    “Tenho bastante terreno pra ser penhorado”, disse Hyran. “Coitado do ANDRÉ (PUCINELLI) se estiver assessorado só pelo FÉLIX”. Em seguida, ele insinua que o ex-governador teria contato com o Supremo Tribunal Federal, mas não cita nomes.

    “Meu barco vai paralelo ao do ANDRÉ (PUCINELLI) e não quero ficar em segundo plano”, teria dito, em mais uma bravata, flagrada em 13 de julho de 2006.

    O empresário ainda menospreza o papel do advogado na sua defesa. “O FÉLIX fez uma série de cagadas e só não vou falar pra ele porque senão ele vai se ofender, tem vários processos que ele prometeu absolvição e eu só fui absolvido porque o processo caducou porque ele não fez nada, ou venceu por tempo ou foi acerto”, afirmou.

    Curiosamente, o atual processo quase caducou. Das 31 pessoas denunciadas, 21 foram absolvidas porque os crimes de contrabando prescreveram.

    Em outro trecho destacado pelo juiz, Hyran garante não ter medo. “Ele (FÉLIX) e o velho desembargador quiseram colocar medo em mim. Não tenho medo de nada, a coisa tá feia na fronteira”, disse. “Não tenho inimigo vivo!”, alertou.

    O empresário até insinua que pagou para deixar de ser perseguido pelo Ministério Público Federal. “Eles disseram que iam fazer uma ponte com o MPF, acertar tudo direitinho”, disse. “De fato a perseguição parou, mas tive que desembolsar uma grana boa, depois falo o valor”, teria comentado, conforme trecho destacado pelo magistrado.

    “O mérito é da minha grana, não tem nada de grandes defesas”, gaba-se, novamente minimizando o papel do advogado.

    O processo tramitou na Justiça Federal de Campo Grande por 12 anos e a sentença foi publicada na sexta-feira. Dez pessoas foram condenadas, mas somente três podem ir para a prisão, porque a pena em regime fechado superou quatro anos.

    Além de Garcete, o sogro, Nelson Kanomata, condenado a oito anos e cinco meses, e o cunhado, Nelson Kanomata Júnior, a sete anos e um mês, podem cumprir pena na prisão.

    Outras duas ações da Operação Bola de Fogo seguem a espera de sentença. A segunda conta com 29 réus e está na fase das alegações finais em Campo Grande. A terceira tramita no fórum de Natal, no Rio Grande do Norte.

    O ex-governador André Puccinelli não é investigado nesta operação. Ele foi preso duas vezes na Lama Asfáltica, sendo que na última ficou quase cinco meses detido no Centro de Triagem.

    Ele nega os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    Bola de Fogo bloqueou R$ 400 milhões

    A Operação Bola de Fogo, deflagrada pela Polícia Federal em 2006, cumpriu 135 mandados de busca e apreensão em 11 estados brasileiros, no Paraguai e nos Estados Unidos.

    Na época, a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 400 milhões em 300 contas bancárias de empresas e pessoas acusadas de integrar a máfia. Foram confiscados 180 imóveis, 180 veículos e um avião.

    A operação teve a participação de 750 policiais federais.

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