Eleita senadora por Mato Grosso do Sul na primeira eleição que disputou na vida, a advogada Soraya Thronicke se prepara para assumir o comando do diretório regional do PSL a partir de 1º de janeiro. Ao assumir a vaga do pecuarista Rodolfo Nogueira, seu primeiro suplente, ela promete abrir o partido para os neófitos na política.
[adrotate group=”3″]
De nanico inexpressivo, o PSL, do presidente eleito Jair Bolsonaro, virou gigante no Estado, com dois deputados estaduais, dois deputados federais e uma senadora da República. Agora, com o apoio do deputado federal Loester Souza, o Tio Trutis, e do deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar, Soraya quer fortalecer o partido nos 79 municípios e repetir a onda Bolsonaro nas eleições municipais de 2020.
Veja mais:
Soraya atropela veteranos e se elege para o Senado com Nelsinho Trad
MS tem a eleição para o Senado mais atípica e surpreendente da história
Preso há dois meses, André pede votos para Mochi, Delcídio e Moka
Eleitor pode sepultar conchavos e dar oportunidade a azarões na disputa pelo Senado
Líder das manifestações populares de rua a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a senadora eleita quer acabar com os vícios da política tradicional. “Vamos abrir o partido para pessoas que nunca entraram na política”, explicou, apostando na filiação de empresários, profissionais liberais, produtores rurais, estudantes e trabalhadores.
“No PSL de Mato Grosso do Sul haverá transparência e independência e não existirá espaço para conchavos e negociatas”, promete.
“Na formação das executivas municipais haverá um prévio, rigoroso e depurado pente-fino, e, a exemplo do que o nosso líder Jair Bolsonaro está fazendo na composição de seu ministério, teremos, nas composições municipais, novas lideranças comprometidas com a construção de um novo Brasil, ético, ordeiro e progressista, escolhidas por critérios meritocráticos”, afirma.
A sigla deverá contar com diretórios municipais nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Partido do campeão de votos, o Capitão Contar, o PSL deverá contar com candidatos competitivos para as prefeituras no interior e na Capital.
Ao eleger os “desconhecidos” Contar, Trutis e Soraya, o partido sinaliza que tem gás suficiente para assustar ou até surpreender na disputa da sucessão do prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Ao assumir o comando do diretório regional, Soraya destrona o seu principal algoz no partido, o pecuarista Rodolfo Nogueira. Durante as eleições deste ano, ele a teria ameaçado, o que motivou o registro de boletim de ocorrência e a levou a fazer campanha com colete a prova de balas.
Apesar da orientação de Bolsonaro de neutralidade no segundo turno no Estado, Nogueira oficializou apoio à reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
A mudança no comando da sigla de Bolsonaro só deve ser a primeira das mudanças no quadro partidário no Estado em decorrência do resultado das eleições deste ano.