A Operação Ross, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal, apura o suposto pagamento de R$ 100 milhões em propinas pela JBS ao senador Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais. Mato Grosso do Sul é um dos estados onde estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 48 de intimações para prestar depoimento.
Além do senador, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade), é alvo da operação. De acordo com a TV Globo, no mesmo processo, são investigados os senadores Antônio Anastasia (PSDB) e Agripino Maia (DEM) e os deputados federais Cristiane Brasil (PTB) e Benito Gama (PTB).
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De acordo com a PF, Aécio comprou o apoio do Solidariedade por R$ 15 milhões em 2014, quando foi candidato a presidente da República e perdeu no segundo turno para Dilma Rousseff (PT).
Os mandados foram autorizados pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal. Cerca de 200 policiais federais cumprem os mandados em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Tocantins e Amapá.
Em nota, a PF explicou que a ação é desdobramento da Operação Patmos, de maio de 2017. Os valores investigados ultrapassam R$ 100 milhões e foram pagos por meio de simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais.
O sistema de pagamento de propina é semelhante ao que envolve políticos de Mato Grosso do Sul, que simularam prestação de serviços e venda de boi para “legalizar” a propina paga pela JBS.
São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O nome da operação faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.
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