Com o reajuste de 73,72%, o salário do prefeito Marquinhos Trad (PSD) passará a ser o maior entre as 26 capitais brasileiras. Os vereadores vão votar em segunda votação o projeto que eleva o valor do subsídio de R$ 20.412,42 para R$ 35.462,22.
[adrotate group=”3″]
O aumento deverá causar efeito cascata na administração municipal, porque elevará o teto do funcionalismo público municipal. Dezenas de servidores recebem acima do teto, mas o valor acaba reduzido com o corte constitucional. Com o generoso e expressivo aumento, eles passarão a receber um valor maior.
Veja mais:
Grupo ensaia repetir Paraná e convoca protesto contra aumento de salários de vereadores
Cadê a crise? Câmara aprova reajuste de até 159% nos salários do prefeito, vice, secretários e vereadores
Marquinhos diz que não pediu aumento, mas reclama da defasagem no salário
Automaticamente o pagamento de salário maior ao chefe do Executivo beneficiará a vice-prefeita Adriane Lopes (Patri), com reajuste de 108%, de R$ 15.308,66 para R$ 31.915,99. O subsídio do secretário municipal terá aumento de 159%, de R$ 11.619,70, para R$ 30.142,88.
Como não houve aumento, por enquanto nos salários do Governo estadual, o salário do secretário municipal será superior ao do Estado (R$ 24 mil). Marquinhos terá salário superior ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que tem o valor fixado em R$ 30 mil. No entanto, o tucano reduziu o valor pela metade desde que assumiu o Governo em 1º de janeiro de 2015.
Marquinhos passará a ter o maior salário do País entre os prefeitos de Capitais. Em relação a Bruno Covas (PSDB), de São Paulo, o salário do prefeito de Campo Grande será 46,7% maior. Para comandar a maior cidade do País, o tucano recebe R$ 24.165,87.
O Bispo Marcelo Crivella (PRB), do Rio de Janeiro, recebe R$ 18.893 por mês, quase metade do no salário de Marquinhos.
O segundo maior valor pago no País será do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que recebe R$ 31 mil por mês. O terceiro será de Rafael Greca, de Curitiba (PR), com subsídio fixado em R$ 26.723,13.
Aderindo à festa causada pelo reajuste de 16,38% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o prefeito Roberto Cláudio (PDT), de Fortaleza, estuda elevar o subsídio de R$ 21,5 mil para R$ 31,4 mil. Entraria na briga para ter o maior vencimento do País
Marquinhos terá o maior salário de prefeito entre as capitais do Centro-Oeste. No entanto, Emanuel Pinheiro (MDB), de Cuiabá (MT), achou um jeito de driblar o subsídio de R$ 23.634,10. Ele instituiu verba indenizatória de R$ 25 mil, que praticamente dobra o vencimento, mas que vem sendo questionada na Justiça pelo Ministério Público Estadual.
O reajuste no salário do prefeito da Capital vem causando polêmica porque Marquinhos usou a crise nas finanças municipais para autorizar reajuste de apenas 3% aos servidores municipais. Médicos tiveram aumento de 6,8%, enquanto os professores foram contemplados com correão de 7,6% nos vencimentos.
Em julho de 2015, na gestão de Gilmar Olarte, a prefeitura sofreu com a falta de caixa e parcelou os salários dos funcionários.
Alcides Bernal (PP) também foi obrigado a escalonar o pagamento ao reassumir o comando do município em 25 de agosto daquele ano.
Os vereadores devem votar antes do Natal o projeto em segunda discussão. Amanhã, os parlamentares vão sentir de perto a reação da população aos reajustes, que incluem elevar o valor pagao aos próprios parlamentares em 26%, de R$ 15.031 para R$ 18,9 mil.
Um grupo mobiliza a população pelas redes sociais para realizar manifestação contra o reajuste. Eles prometem fazer barulho no legislativo municipal a partir das 9h desta terça-feira.
2 Comentários
Pingback: Grupo convoca protesto e faz abaixo-assinado contra aumento de prefeito e vereadores – O Jacaré
Pingback: Maior no País, salário de vereador vira “bico de luxo” para quem ganha até R$ 34 mil – O Jacaré