Dois debates, a provável divulgação de 13 pesquisas eleitorais e a análise do primeiro inquérito contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) vão marcar a última semana da campanha em Mato Grosso do Sul. O primeiro confronto do tucano com o juiz federal Odilon de Oliveira (PDT) acontece nesta segunda-feira, a partir das 20h, e será promovido pelo jornal Midiamax.
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A diversidade de pesquisas não significa que o eleitor saberá com antecedência o resultado das eleições deste ano. Nenhum levantamento previu o resultado das urnas no primeiro turno e abalou a credibilidade dos institutos. Praticamente todos previram a reeleição do governador no dia 7 de outubro, mas Reinaldo obteve 44,61% dos votos e se viu obrigado a enfrentar novo round. O Ranking chegou a apostar no segundo turno, mas errou ao dar empate técnico entre Odilon e Júnior Mochi (MDB).
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Os erros se repetem desde 2012, mas os estatísticos não parecem preocupado em aprimorar os índices para recuperar a credibilidade. A sorte é que o eleitor vem sinalizando amadurecimento de não se guiar pelos institutos de pesquisas.
Independente dos erros, oito empresas vão divulgar 13 sondagens sobre o segundo turno no decorrer da semana. A semana começou com a divulgação pelo desconhecido Ipexx Brasil nesta segunda-feira o levantamento com 1.040 eleitores nas 12 maiores cidades do Estado. Amanhã, o Ibrape, Quality e Real Time Big Data divulgam as pesquisas.
Apesar da credibilidade abalada com os erros cometidos nas últimas três eleições, o Ibope continua sendo referência e causa impacto na população. A TV Morena deve divulgar a última sondagem do segundo turno na sexta-feira.
O Ipems/Correio do Estado, Datamax/Midiamax e Ranking/Diário de Mídia fizeram o registro para divulgar os números no sábado. No primeiro turno, o Midiamax só divulgou o seu levantamento no final da tarde da véspera da eleição, enquanto o Correio do Estado publicou edição extra no domingo, apontando com certeza a reeleição de Reinaldo no primeiro turno.
Pesquisas registradas no TSE |
|
Institutos |
Data da divulgação |
| Ipexx Brasil | segunda e quinta |
| Ibrape | terça e sexta |
| Real Time Big Data | terça e sexta |
| Quality | terça |
| Ranking | quarta, quinta e sábado |
| Ibope | sexta |
| Datamax | sábado |
| Ipems | sábado |
Outro tema que deve mexer com o eleitorado é o primeiro debate entre Odilon e Reinaldo. O primeiro debate será promovido pelo Midiamax, a partir das 20h, com transmissão da TVE e uma rede de emissoras de rádio.
O segundo debate será quinta-feira na TV Morena. A grande expectativa é para o desempenho do juiz, que escorregou no segundo debate do Midiamax. Político tradicional, o tucano está acostumado com debates desde 2012 e não deve fazer feio justamente na reta final.
O sul-mato-grossense deve acompanhar com atenção a sessão de julgamento da Corte Especial do STJ a partir das 8h de quarta-feira. Os ministros vão analisar o inquérito 1.198, que apura o suposto pagamento de propina de até R$ 500 mil para o governador e para a cúpula do Estado em troca da manutenção dos incentivos fiscais.
Este é o primeiro dos três inquéritos contra o tucano e se refere a denúncia feita pelo Fantástico, da TV Globo, em 28 de maio do ano passado. Três empresários acusaram o tucano da cobrança de propina.
Este inquérito deverá ser arquivado a pedido do Ministério Público Federal. O empresário José Alberto Berger recuou da denúncia e prestou novo depoimento à Polícia Federal, em junho deste ano, e isentou o governador e outros integrantes do Executivo de participação no esquema.
Gravado recebendo a propina em nome da administração estadual, o corretor de gado José Ricardo Guitti Guímaro, o Polaco, disse, em depoimento, que cobrou propina sem o conhecimento de Reinaldo, do ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, e do ex-coordenador regional, Zelito Alves Ribeiro.
No entanto, o advogado Bruno da Silva Jussiani ingressou com pedido contra o arquivamento da investigação pelo STJ. A decisão deve ser tomada pela corte na quarta e aguardada com expectativa pelo governador e pela oposição.
A semana promete ser a mais tensa da campanha eleitoral.