Dos seis deputados federais, dois defensores do presidente Michel Temer (MDB) não conseguiram a reeleição neste domingo. Entre os quatro novatos está a campeão, a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), e dois candidatos beneficiados pela onda conservadora liderada pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
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Beneficiada pelo recall das eleições de 2016, quando perdeu no segundo turno para o prefeito Marquinhos Trad (PSD), Rose sagrou-se como a candidata mais votada para a Câmara dos Deputados, com 120.901 votos.
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Graças ao bom trabalho realizado no curto período que substituiu o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, o advogado Fábio Trad (PSD) obteve 89.385 votos e ficou em segundo lugar. Ele ainda teve o apoio dos irmãos, Marquinhos, e do senador eleito, Nelsinho Trad (PTB).
Filho do ex-senador Valter Pereira, prefeito de Terenos por dois mandatos e atual presidente regional do PSDB, Beto Pereira, ficou em terceiro, com 80.500 votos.
Líder da bancada ruralista e chamada de “Musa do Veneno” por defender a liberação total de agrotóxicos no País, a deputada federal Tereza Cristina Corrêa Dias da Costa (DEM) conseguiu se reeleger em 4º lugar, com 75.068 votos.
Beneficiado pela onda bolsonariana, o empresário Loester Carlos Gomes de Souza, o Tio Trutis, 36 anos, do PSL, foi eleito deputado federal com 56.339 votos. Ele fez fama com vídeos bem humorados com críticas virulentas contra a corrupção que assola a República e, em especial, Mato Grosso do Sul.
Outro beneficiado foi o cardiologista Luiz Ovando (PSL), que vinha fazendo carreira como candidato no Estado. Ele foi eleito deputado federal com 50.376 votos.
Réu na Operação Lava Jato, prestes a ir a julgamento pelo suposto recebimento de R$ 1,028 milhão em propina, o deputado federal Vander Loubet (PT) foi reeleito com 55.970 votos.
O oitavo integrante é o deputado federal Dagoberto Nogueira, presidente regional do PDT, com 40.233 votos.
Duas derrotas significativas ocorreram neste domingo. Geraldo Resende (PSDB) foi bem votado, com 61.675 votos, mas acabou fora devido à chapa carregada de medalhões.
Outro que não conseguiu a reeleição foi o deputado federal Elizeu Dionízio (PSB), com 37.073. Evangélico da Assembleia de Deus Missões, ele ficou famoso no ano passado ao propor o pedido de impeachment de Temer, mas depois mudar de ideia e livrar o emedebista de ser processado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva, obstrução da Justiça e de integrar organização criminosa.
Outro prejudicado pela chapa foi o ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Ele teve o registro indeferido pelo TSE na reta final e teria uma longa luta para recuperar os direitos políticos caso conseguisse votação suficiente.
Zeca do PT disputou uma das duas vagas de senador e ficou em sexto lugar na disputa. O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) não disputou a reeleição e é cotado para comandar a Secretaria de Saúde de Goiás na gestão do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM).
Com o presidente regional preso desde 20 de julho, o MDB não conseguiu eleger nenhum deputado federal. Os mais cotados eram George Takimoto, réu por manter funcionária fantasma na Assembleia, e a ex-vereadora Carla Stefanini.