Pesquisa do Ibope mostra crescimento das intenções de voto e queda na rejeição de Reinaldo Azambuja (PSDB), alvo de três inquéritos no Superior Tribunal de Justiça e primeiro governador a ser alvo de operação da Polícia Federal de combate à corrupção. O crescimento dos candidatos juiz Odilon de Oliveira (PDT) e Junior Mochi (MDB) não garante a reeleição do tucano no próximo domingo.
De acordo com o instituto, o tucano passou de 40% para 44% em 11 dias, entre os dias 24 de setembro e hoje. No mesmo período, Odilon passou de 29% para 31%. Em relação a primeira pesquisa, Reinaldo ganhou cinco pontos percentuais, enquanto o pedetista acumula alta de sete pontos.
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O candidato do MDB oscilou de 5% para 6% em 11 dias. Os demais candidatos mantiveram-se estáveis. Humberto Amaducci (PT) está com 4%, seguido por Marcelo Bluma (PV) com 2% e João Alfredo (PSOL) com 1%.
A dois dias da eleição, o número eleitores dispostos a votar em branco ou anular o voto caiu de 10% para 5%. Houve redução no número de indecisos, de 9% para 7%.
Excluindo nulos e indecisos, de acordo com o Ibope, o governador tem 50% dos votos válidos, contra 35% de Odilon, 7% de Mochi, 5% de Amaducci, 2% de Bluma e 1% de Alfredo. O instituto não arrisca cravar a reeleição do tucano no domingo nem de que a disputa poderá ir para o segundo turno.
O Ibope mostrou ainda queda na rejeição de Reinaldo, de 24% para 20%. Com base no levantamento, o eleitorado recebeu como uma boa notícia a acusação de que o governador recebeu R$ 67,7 milhões em propinas da JBS e causou prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres públicos.
Na simulação de segundo turno, Reinaldo vence Odilon por 48% a 40%, conforme o Ibope, único instituto a fazer a simulação no Estado.
O temor do tucano é a disputa se estender por mais 20 dias, o que poderá ampliar o desgaste, porque os dois candidatos terão o mesmo tempo no horário eleitoral gratuito.
A estratégia tucana, com o apoio dos principais jornais e emissoras de televisão da Capital, é liquidar a disputa no domingo. Com o apoio de 12 partidos, do prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), Reinaldo teme repetir Edson Giroto em 2012, que foi para o segundo turno e perdeu para Alcides Bernal (PP).
Odilon, o favorito para disputar eventual segundo turno, aposta na indignação da população com a corrupção para não encerrar a eleição domingo.
Independente de pesquisa, o voto do eleitor é que dará a palavra final domingo.
Ranking aponta 2º turno e disputa acirrada entre Odilon e Mochi
Fora da curva entre as pesquisas já divulgadas, o Instituto Ranking dá como certa a realização de segundo turno em Mato Grosso do Sul. Outra diferença é que o Mochi estaria em empate técnico e disputando a segunda vaga com o juiz Odilon.
De acordo com o Ranking, Reinaldo caiu de 38,16% para 37,16% entre os dias 1º e 4 deste mês. Odilon também manteve-se estável, passando de 24,33% para 23,91%. Já o candidato do MDB passou de 20,91% para 21%.
Na espontânea, Odilon mantêm boa distância e estaria garantido no segundo turno. Reinaldo oscilou de 25,33% para 24,66%, enquanto o pedetista passou de 17,75% para 18,41%, enquanto Mochi variou de 11,50% para 11,08%.
Outras duas pesquisas apontam reeleição de Reinaldo domingo, com 51% a 54%
Duas pesquisas divulgadas na quarta-feira e ontem apontam para a vitória do governador Reinaldo Azambuja no primeiro turno. Para o Ibrape, ele teria 51% no domingo, enquanto o Big Real Time Data aponta o tucano com 54%.
Sem fazer pesquisas no Estado há vários anos, o Ibrape voltou a fazer sondagem do cenário eleitoral. Na pesquisa divulgada quarta-feira, o tucano ficaria com 44% dos votos, contra 27% de juiz Odilon. Mochi alcançaria 7%, enquanto o petista teria 5%.
Já no levantamento da Big Real Time Data, divulgada pela Record TV, Reinaldo ficaria com 54% dos votos válidos, contra 26% de Odilon, 12% de Mochi, 5% de Amaducci, 2% de Bluma e 1% de João Alfredo.
Considerando-se os votos brancos e nulos, o tucano ficaria com 44%, Odilon com 21%, seguido pelo emedebista com 10% e o petista, com 4%.