O governado Reinaldo Azambuja (PSDB) emitiu nota, após passar a tarde prestando depoimento na Polícia Federal, para criticar a Operação Vostok. Ele é investigado por receber R$ 67,7 milhões em propinas em troca de incentivos fiscais à JBS.
Assim com o ex-governador André Puccinelli (MDB), preso quando começou o prazo das convenções em 20 de julho deste ano, o tucano repete os mesmos argumentos: de que não existem fatos novos e a finalidade da operação ocorrer a 20 dias das eleições.
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“Mesmo respeitando as decisões do judiciário, não posso deixar de registrar a extemporaneidade de uma operação policial que ocorre a apenas 20 dias da eleição de forma intempestiva e midiática sem, contudo, a ocorrência de nenhum fato novo na tramitação do inquérito”, afirma o governador.
Reinaldo ainda se junta ao presidente Michel Temer (MDB) e ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que colocam em dúvidas a delação premiada da JBS. Aliás, o tucano tentou anulá-la no Supremo Tribunal Federal, mas o pedido foi rejeitado por unanimidade pelo plenário da corte.
“Infelizmente, até o dia de hoje, jamais fui convocado pelas autoridades constituídas para apresentar minha defesa às acusações da delação mais questionada do país”, garante. Ele não confirma convocação que O Jacaré teve acesso em que ele e o filho eram convocados para prestar depoimento em Brasília, mas conseguiram adiar o depoimento.
Confira a nota na íntegra publicada no Campo Grande News:
“Nota à Imprensa
Há um ano e meio me coloquei voluntariamente à disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos necessários sobre este caso. Infelizmente, até o dia de hoje, jamais fui convocado pelas autoridades constituídas para apresentar minha defesa às acusações da delação mais questionada do país.
Mesmo respeitando as decisões do judiciário, não posso deixar de registrar a extemporaneidade de uma operação policial que ocorre a apenas 20 dias da eleição de forma intempestiva e midiática sem, contudo, a ocorrência de nenhum fato novo na tramitação do inquérito.
Estamos tomando as providências legais para reverter a prisão temporária do meu filho Rodrigo, que sempre esteve disponível e, até então, também sequer foi chamado a prestar depoimento.
Em respeito à população de Mato Grosso do Sul, continuo cumprindo normalmente a dupla jornada como governador do Estado e candidato à reeleição.
Tenho fé: a verdade prevalecerá.
Reinaldo Azambuja
Governador de Mato Grosso do Sul”