O MDB não aceitou dar a legenda para o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC) ser o candidato a governador no lugar da senadora Simone Tebet (MDB). Desprezado, ele decidiu recuar de novo e lançou-se candidato a senador.
[adrotate group=”3″]
Sem opção,com a manutenção da prisão do ex-governador André Puccinelli, o partido decidiu lançar a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi (MDB). Advogado, prefeito de Coxim por dois mandatos e no terceiro como parlamentar, ele assumiu o desafio de não deixar a sigla a ver navios na sucessão estadual.
Veja mais:
STJ nega habeas corpus e mantém ex-governador preso em cela lotada
Com líder preso, Simone assume desafio por André e para honrar MDB
Sem André, Odilon lidera pesquisa e abre 7,4 pontos sobre Reinaldo na Capital
Simone renuncia no 8º dia e Harfouche pode ser o candidato a governador de André
A candidata a vice-governadora será a ex-secretária estadual de Assistência Social, Tânia Garib. Ela sempre integrou o grupo seleto de técnicos de André, acompanhando-o na prefeitura e na administração estadual.
Harfouche se queimou ao aceitar o cargo de vice na chapa desenhada do presídio por André. Crítico ferrenho da corrupção, o procurador frustrou parte do eleitorado ao se unir aos investigados na Operação Lama Asfáltica, a maior ofensiva de combate à corrupção no Estado.
Agora, em chapa pura e sem candidato a governador, Harfouche tem os 50 dias de campanha para reconquistar o eleitor, que o via como novidade na política. Além de ser o candidato da direita e extrema direita, o procurador vinha atraindo o voto do eleitor sem ideologia partidária, que admirava a sua atuação no combate à violência escolar e por ser ficha limpa.
Já o desafio de Mochi é convencer o eleitor de que é o candidato do ex-governador. Sem a fama do presidente regional da sigla, o deputado não terá um desafio fácil.
Em entrevista ao TopMídiaNews, o senador Waldemir Moka (MDB), revelou que o sonho da sigla era André. Eles mantinham a esperança, de que no último minuto, o ex-governador seria solto pela Justiça e toparia o desafio de enfrentar Reinaldo e Odilon.
No entanto, o TRF3 e o STJ negaram o habeas corpus. Nesta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, relator da Operação Lama Asfáltica no STF, homologou a desistência do habeas corpus.
Agora, a sorte de André vai depender da 5ª Turma do TRF3, que deverá julgar o mérito do habeas corpus.