O patrimônio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) “encolheu” nos últimos quatro anos, conforme declaração de bens encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Após as denúncias de corrupção feitas pela JBS e empresários e do salto de 87% em oito anos, os bens do tucano só tiveram aumento de 2,2%, abaixo da inflação acumulada nos últimos quatro anos, e passaram de R$ 37,8 milhões para R$ 38,6 milhões.
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A taxa de crescimento é a menor dos últimos 12 anos, considerando-se os dados disponíveis no site da Justiça Eleitoral. O aumento não representou nem a inflação oficial dos últimos quatro anos, de 27%.
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De acordo com a declaração, a maior parte do patrimônio do tucano é de quotas e quinhões de capital, que somam R$ 20,4 milhões. Em segundo lugar estão outros bens imóveis, R$ 4,869, seguido pelo total dos bens relacionados com o exercício da atividade autônoma, com R$ 4,673 milhões. Reinaldo conta com uma fortuna depositada em contas bancárias, que somam R$ 1,4 milhão.
Antes da polêmica envolvendo a JBS, que resultou na abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça, o patrimônio do governador tinha crescimento médio anual de 10,8%, cinco vezes a taxa registrada em quatro anos.
Confira a evolução do patrimônio de Reinaldo
- 2006 – R$ 20.221.019,35
- 2010 – R$ 31.907.723,00
- 2012 – R$ 32.688.121,00
- 2014 – R$ 37.850.615,73
- 2018 – R$ 38.698.697,47
Só para efeito de comparação, nos dois anos antes de assumir o governo, entre 2012 e 2014, o patrimônio do tucano teve aumento de 15,8%, passando de R$ 32,6 milhões para R$ 37,8 milhões.
Entre 2006 e 2010, quando exerceu o mandato de deputado estadual pela primeira vez, o salto no total dos bens de Reinaldo foi de 57,7%, de R$ 20,2 milhões para R$ 31,9 milhões.
Com a queda no ritmo do crescimento, o tucano poderá usar o patrimônio declarado para rebater os adversários, de que não ficou mais rico no comando do Governo do Estado. Um dos governadores mais ricos do País, ele ainda abriu mão de 50% do salário como gesto de boa vontade para contribuir com as medidas duras que adotou para reduzir o custeio da máquina estadual.
Veja os principais bens do tucano em 2018
- Quotas e quinhões de capital R$ 20,450 milhões
- Outros bens imóveis – R$ 4,869 milhões
- Bens relacionados com exercício da atividade autônoma – R$ 4,673 milhões
- Benfeitorias – R$ 2,195 milhões
- Depósitos bancários – R$ 1,4 milhão
- Outros bens imóveis – R$ 1,120 milhão
- Apartamento – R$ 800 mil
No ano passado, o governador foi acusado de receber R$ 38,4 milhões em propinas pela JBS. O valor pode chegar a R$ 70 milhões, conforme depoimento do empresário Wesley Batista, que apresentou novos documentos à Polícia Federal.
Outros três empresários, sendo dois donos de frigorífico e um de curtume, também o acusaram de integrar esquema de cobrar propina para manter incentivos fiscais, conforme matéria veiculada em 28 de maio de 2017 no Fantástico, da TV Globo.
Candidato à reeleição, Reinaldo nega que tenha recebido vantagens indevidas e ressalta que foi vítima de chefes de facção. Ele ressaltou, em entrevista recente, que seus delatores estavam presos.
Na 1ª disputa, Odilon declara três casas e patrimônio de R$ 1,5 milhão
Na primeira eleição em que disputa, o juiz federal Odilon de Oliveira (PDT), declarou ter patrimônio de R$ 1,599 milhão. O destaque são três casas, que possuem valor entre R$ 30 mil e R$ 700 mil.
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Uma das casas é o sobrado onde reside, no Jardim Bela Vista. Conforme o magistrado antecipou em novembro para O Jacaré, a casa foi construída ao longo de muitos anos.
Odilon ainda tem R$ 58,3 mil em depósitos bancários e R$ 158,6 mil em investimentos. O curioso é que na declaração de bens, o magistrado não informou nenhum veículo.
Confira os principais bens:
- Casa – R$ 700 mil
- Casa – R$ 650 mil
- Investimentos – R$ 158.650
- Depósito – R$ 58.396
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