A primeira pesquisa eleitoral após as convenções e a desistência do ex-governador André Puccinelli (MDB), que está preso desde 20 de julho, aponta o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) na frente em Campo Grande. A vantagem é de 7,4 pontos percentuais sobre o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que busca a reeleição com apoio de 11 partidos.
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Conforme levantamento do IPR – Instituto de Pesquisa Resultado/Giro MS, que ouviu 700 eleitores entre os dias 7 e 10 de agosto deste ano e com margem de erro de 3,5%, no pesquisa estimulada, com a apresentação dos nomes, Odilon aparece com 27,29% na Capital, contra 19,86% do tucano.
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A candidata à governadora Simone Tebet (MDB) surge em terceiro lugar, com 12,29%. Ela teve a candidatura definida na véspera do prazo final em reunião com o ex-governador dentro do presídio.
O quarto colocado é o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci (PT), com 1,86%, seguido pelo ex-vereador e engenheiro Marcelo Bluma (PV), com 1,71%. O último colocado é o candidato a governador João Alfredo (PSOL), com 0,43%.
Conforme o IPR, 15,7% dos eleitores vão anular o voto ou votar em branco. Outros 20,86% estão indecisos. Os números mostram a desilusão do eleitorado com os atuais candidatos, considerando que 35% não querem nenhum dos nomes colocados até o momento.
A desilusão do eleitorado no início da campanha eleitoral vai exigir uma atenção redobrada das equipes de marketing, que terão a missão de convencê-los a votar nos seus candidatos. O eleitor não está só desiludido, como revoltado com as denúncias de corrupção envolvendo os principais nomes da disputa eleitoral.
Odilon também lidera na espontânea, quando o nome do candidato não é apresentado ao eleitor. O magistrado aparece com 11,43%, em empate técnico com o governador, com 9,86%.
Simone surge em terceiro com 3,57%. Ela está empatada com André, que apesar de ser réu em duas ações na Operação Lama Asfátlica e estar preso há mais de 20 dias, foi citado por 3% dos eleitores da Capital, onde foi prefeito por duas gestões.
Neste cenário, 59,14% dos eleitores ainda estão indecisos, enquanto 11,29% sinalizam votar nulo ou branco. O levantamento revela que o cenário está indefinido, considerando-se que 60% dos eleitores ainda não estão totalmente decididos sobre em quem votar para governador de Mato Grosso do Sul.
O IPR apontou que Reinaldo assumiu o posto de mais rejeitado com a saída de André da disputa. O governador é rejeitado por 15,29% dos eleitores, apesar de ser o maior, o índice não é ruim para o tucano.
Simone ocupa o segundo lugar em rejeição, já que 8,43% dos eleitores dizem que não votaram nela de jeito nenhum. Amaducci herda a rejeição do PT, mas fica em terceiro lugar, com 5,43%.
Odilon é rejeitado por apenas 4,71%, número considerado baixo para quem está na liderança do levantamento na Capital, o maior colégio eleitoral do Estado.
De acordo com a pesquisa, 9,43% dos eleitores rejeitam todos os candidatos, enquanto 28,71% não rejeitam nenhum.
Amanhã, o Instituto Ranking deverá divulgar a pesquisa com a sondagem feita em 30 municípios e dará um panorama da situação no Estado.