A DMP Construções Ltda, em nome das sobrinhas do empresário João Amorim, ganhou mais um contrato milionário do Governo estadual. A empreiteira mantém vínculo antigo com a administração estadual e, somente na gestão tucana, entre 2015 e 2017, recebeu R$ 32,733 milhões, conforme o Portal da Transparência.
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Nesta quarta-feira, conforme o Diário Oficial, a construtora firmou contrato para realizar as obras de saneamento em Angélica pelo PAC Funasa 2 no valor de R$ 7,223 milhões. O contrato foi assinado por uma das sócias, Carolina Gonçalves Beal, que seria filha do engenheiro Sandro Beal, conforme o Midiamax.
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Fundada em 2004, a DPM Construções tem capital social de R$ 3,7 milhões e seria de Carolina e Natália Gonçalves Beal. Sandro Beal é citado pela força-tarefa do Ministério Público Estadual, que apontou fraudes na operação tapa-buracos em Campo Grande entre 2012 e 2015.
De acordo com o Midiamax, a DMP é citada na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, como uma das empresas ligadas ao empresário João Amorim, preso desde 8 de maio deste ano. O empresário é acusado de 10 crimes pela PF, que vão de fraudes em licitação, corrupção passiva, organização criminosa e superfaturamento.
Desde a posse do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a DMP ganhou licitações milionárias. Ela foi responsável pelas pavimentações das rodovias estaduais MS-156, entre Caarapó e Amambai, e a MS-425.
Só na gestão tucana, sem considerar o contrato de hoje e os R$ 7,175 milhões empenhados neste mês, a empreiteira das sobrinhas de Amorim já recebeu R$ 32.733.767,51.
Na gestão anterior, entre 2012 e 2014, a construtora recebeu R$ 27,3 milhões.
A família parece que gosta de nomes parecidos para as empresas: DMP e Proteco só acrescentam o termo “construções” à denominação comercial.