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    Máfia tinha 10 empresas, 50 “laranjas”, 7 helicópteros e um PM para apoiar o PCC

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt25/06/20185 Mins Read
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    Com salário de R$ 10,3 mil, subtenente deu o casamento dos sonhos para a filha, segundo o Campo Grande News (Foto: Arquivo)

    A Operação Laços de Família, da Polícia Federal, desarticulou máfia genuinamente sul-mato-grossense poderosa e milionária que dava apoio ao PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa surgida os presídios de São Paulo. Supostamente chefiada por um policial militar, a quadrilha tinha mega estrutura, que incluía 10 empresas, sete helicópteros e a utilização de 50 “laranjas” para lavar o dinheiro do tráfico de drogas e armas.

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    A investigação ilustra como funciona o poder do narcotráfico na fronteira de Brasil com o Paraguai e, infelizmente, mostra mais uma vez o envolvimento de policiais militares com o crime organizado. Também na divisa com o Paraguai, o Gaeco prendeu 28 policiais, inclusive o então assessor do Governo do Estado, por envolvimento com a Máfia do Cigarro.

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    Com salário de R$ 10,3 mil, o subtenente da PM Silvio César Molina Azevedo, preso nesta segunda-feira, é acusado de ser o chefe da organização criminosa. Lotado em Eldorado, ele comandaria a organização criminosa em Mundo Novo, cidade com 18 mil habitantes, na divisa com o Paraná e o Paraguai.

    A organização criminosa dava suporte ao PCC e tinha estrutura semelhante à máfia italiana, formada por integrantes de uma mesma família. A PF suspeitou do policial graças aos veículos de luxo. Ele teria chegado a usar carro avaliado em R$ 500 mil, o equivalente ao ganho obtido em quatro anos de trabalho. Devassa da Receita Federal constatou a movimentação de R$ 4 milhões na conta do policial, de acordo com o superintendente da PF, delegado Luciano Flores.

    Em três anos, máfia da fronteira enviou 27 toneladas de maconha, considerando-se apenas a droga apreendida pela PF (Foto: Arquivo)

    O grupo era ousado. De Mundo Novo, a máfia enviou 27 toneladas de maconha nos últimos três anos. O pagamento da droga era feito por meio de veículos, em dinheiro e até joias. Um helicóptero chegou a ser usado para trazer R$ 80 mil em joias e R$ 300 mil em espécie para pagar um carregamento de droga.

    A fortuna da quadrilha era lavada por meio de 10 empresas de fachada, como transportadoras e revendedoras de veículos. A Receita checou que uma empresa informou movimentação de R$ 3 milhões, mas só emitiu um quinto desse valor em notas fiscais. Cruzamento feito pelos auditores confirmou a lavagem de capitais.

    Superintendente da PF defende ações contra o crime organizado na fronteira para reduzir o poder de fogo das facções criminosas no Rio e SP (Foto: Midiamax)

    Pela primeira vez no Estado, a 3ª Vara Federal de Campo Grande determinou o fechamento das 10 empresas usadas para lavar dinheiro do PCC. O objetivo é dar um golpe na organização criminosa, que cresce de forma assustadora e impondo o medo por meio de execuções cruéis dos adversários, como decapitação.

    No entanto, as empresas podem recorrer da decisão e pedir a reabertura no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

    De acordo com a PF, a máfia usava de 40 a 50 pessoas para movimentar dinheiro. “Era um laranjal imenso”, observa a PF.

    A Operação Laços de Família causou perda de R$ 61 milhões à Máfia da Fronteira, uma fortuna. Só para ter ideia da dimensão do poder financeiro do grupo, o valor movimentado é 20% superior ao orçamento da Prefeitura de Mundo Novo, que movimentou R$ 54 milhões em 2017.

    A Justiça determinou o confisco de sete helicópteros, 136 veículos, 25 imóveis rurais e urbanos e cinco embarcações de luxo.

    Dos 21 presos, a PF pediu a transferência de sete criminosos de alta periculosidade para o Presídio Federal de Campo Grande. O PM, que teve o filho Jefferson Henrique Piovezan Molina, 25 anos, executado a tiros em um bar de Mundo Novo em junho do ano passado, vai ser transferido para o presídio militar na Capital.

    Cinco embarcações de luxo foram apreendidas: donos tinham salário modesto (Foto: Reprodução)

    A Operação Laços de Família reforça a tese do superintendente da PF, Luciano Flores, de que o combate ao crime organizado no Rio de Janeiro e São Paulo passa pelas operações de inteligência na fronteira de Mato Grosso do Sul.

    Enquanto manter pontos estratégicos na fronteira, de onde envia drogas e armas para os grandes centros consumidores, o crime organizado vai continuar com poder financeiro para impor o terror ao restante do País.

    A operação ocorreu justamente em Mundo Novo, onde reina a paz se comparada com Ponta Porã, onde facções criminosas promovem a guerra mais sangrenta dos últimos anos pelo controle da região.

    Como diz o ditado popular, a operação de hoje é apenas a ponte o iceberg.

    Preso pela PF nesta segunda-feira, subtenente tinha voz de comando na organização e perdeu o filho, executado em bar no ano passado (Foto: Campo Grande News)

     

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