O Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio de R$ 1,028 milhão do deputado federal Vander Loubet (PT) e do cunhado, o advogado Ademar Chagas da Cruz. Réus na Operação Lava Jato, eles são acusados de corrupção e pagamento de propina em esquema montada pelo ex-presidente da República e atual senador, Fernando Collor de Mello (PTC).
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O bloqueio dos bens foi determinado pelo ministro Edson Fachin, relator da operação no STF, em maio do ano passado e estava em sigilo. No dia 28 deste mês, ele suspendeu o segredo de Justiça da ação cautelar solicitada pelo então procurador geral da República, Rodrigo Janot.
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De acordo com o ministro, a indisponibilidade foi decretada para assegurar o integral ressarcimento dos valores supostamente auferidos em razão dos ilícitos apurados na Ação Penal 1.019.
No despacho, o ministro destaca que venceu o contrato de alienação fiduciária da Chácara São Bernardo, em Campo Grande, onde o petista reside atualmente. Ele cobra diligências sobre o sumiço de dois bens: uma motocicleta de 125 cilindradas e uma lancha com motor de popa.
Fachin pede a intimação do Banco Bradesco para informar se houve a quitação de empréstimo para a empresa Mundo & Cia Entretenimento, do qual o deputado e da esposa, Roseli da Cruz Loubet, seriam fiadores. Como o STF não encontrou dinheiro nas contas bancárias do petista, o ministro deseja saber como o financiamento foi quitado.
Outra suspeita é levantada sobre a venda de uma gleba rural no valor de R$ 1,1 milhão. Neste caso, o ministro pede que o deputado federal Nelson Meurer seja notificado para dar explicações sobe a operação.
O deputado federal pode ir a julgamento no STF no segundo semestre deste ano pelo suposto pagamento de R$ 1,028 milhão em propina na BR Distribuidora.
Até o fim deste mês, o Supremo vem realizando audiências em vários estados para ouvir as testemunhas de defesa do petista. Somente após a conclusão da fase de oitivas, o ministro deverá dar o prazo para as alegações finais.
Então, a turma poderá condenar ou absolver Vander, o cunhado e o empresário Pedro Paulo Leoni Bergamaschi Ramos.
A outra denúncia contra Loubet, do suposto pagamento de caixa três no valor de R$ 50 mil na campanha de 2010, foi encaminhada pelo ministro Celso Melo para o Tribunal Regional Eleitoral.